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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quem são os sócios do posto de gasolina que causou morte em Portel

Alexandre, "dono" do posto
Descoberto os nomes dos supostos donos do posto de gasolina Cidade de Portel, mas há sérias dúvidas sobre os privilégios abarcados por uma empresa que não tem capacidade de suprimento, além da origem do produto, e também acerca da licitação. Nem capacidade de armazenamento este postinho tem, porque coloca contêineres de plástico em cima do calçadão, ou seja, no meio da rua.

Ou seja, foi em 2013 que o prefeito, sob o conselho de um secretário de finanças que apelidei de Dr. Impostão, removeu desse calçadão diversos empreendimentos, tais como madeiras descarregadas do interior, vendedores de alimentos e outros ambulantes. Ocorre que ninguém suspeitava que a intenção era abrir espaço para a implantação de um posto de combustível. Isso provocou uma série de boatos na cidade, pois em todo canto se ouvia dizer que o posto pertenceria ao prefeito, coitadinho. Estranho ainda foi o fato do tal posto perder licitação para Posto Progresso, de Luis Rebelo, e também para o mais antigo, que é o Posto São Benedito, do Célio Alves.

Mas, como em Portel todos aceitam as coisas na maior passividade, os primeiros problemas encontrados pelo setor da educação foi o atraso no fornecimento de óleo diesel e gasolina. Este atraso prejudicava milhares de estudantes, entre eles crianças do setor rural. O fato foi anunciado aqui no blog, mas novamente os defensores do governo municipal refutavam as evidências, tendo como da mais absoluta normalidade.

Portel possui três grandes postos de combustível, sendo que um deles conta com mais de 30 anos de prestação de serviço no município, inclusive este mais antigo já promoveu uma ação ousada de expandir a oferta distante da orla, atendendo até a expansão da cidade. Agora, a dúvida é crescente em relação ao critério adotado pela Comissão de Licitação, a qual funciona no âmbito da Prefeitura de Portel. A pergunta sobre tal dúvida é: Os três maiores não apresentaram interesse ou condição de fornecer os produtos, uma vez que eles não são uma balsinha com capacidade reduzida? Então, senhora presidente da Comissão de Licitação, apronte se grande traseiro pra que a Polícia Federal entre com carinho aí. Quero cópia de documentos.

Como eu exigi comprovantes de documentos sobre os donos do posto, me foram enviadas essas cópias acima. O gerente do posto, assim identificado o gerente do RH chama-se Aldebaro Pinto e se diz primo do dono que é ALEXANDRE PINTO MELO e seria sócio de DIOGO PINTO MELO. Os dois são donos da empresa A. P. Melo e Cia Ltda, cujo nome de fantasia é POSTO CIDADE DE PORTEL, sendo que Alexandre Pinto Melo detém 90%, enquanto que Diogo Pinto Melo é sócio minotário, com apenas 10%. Segundo fontes seguras, Alexandre Pinto era funcionário do tycoon do combustível, o ex-deputado estadual Luis Rebelo. Alexandre Pinto é frequentemente visto ao lado do primo Aldebaro Pinto, sendo este último chefe do Departamento de Recursos Humanos da SEMED, gente de extrema confiança do prefeito Paulo Ferreira.

Há alguns dias atrás, uma lancha da Polícia Federal atracou junto à balsinha que é apelidada de "posto" e causou alegria nas pessoas pela possibilidade de evitar maiores tragédias. A imprensa, talvez por não possuir formação jornalística, abordou os agentes federais e estes responderam que estavam trazendo serviços à comunidade, mas em poucos minutos partiram. Eu estava na agência do mesmo banco onde a esposa do prefeito é sub-gerente quando recebi uma ligação sobre a presença da Polícia Federal, alertando que esta se dirigiria, em diligência, até uma loja de materiais de construção, que também não tem capacidade de fornecimento mas é detentora de várias licitações. Saí do banco, mas não consegui localizar os agentes federais. Mais tarde, recebi ligação sobre a entrevista feita por uma emissora de TV local.

Como já denunciado aqui no blog, existem vários pontos de venda de óleo diesel e gasolina clandestinos, mas isso não é motivo para dizer que o produto causador de mortes e mais de 10 queimados (19, no total, até ontem) seja originado desses pontos ilegais. Numa publicação feita ontem à noite, percebi uma nítida intenção de atribuir a esses postos clandestinos a culpa pela distribuição de produtos adulterados. Cabe ressaltar que as vítimas já fizeram denúncias formais na Delegacia de Polícia e, por precaução, já foi feita gravação do depoimento dessas vítimas e parentes de vítimas. Do mesmo modo, houve recolhimento do produto, o qual deve ser encaminhado à perícia, que determinará que tipo de composição é esta. Aí, senhores donos do posto, terão que dar explicações sobre a origem desse produto que vitimou vida e dilacerou famílias pro resto da vida.
 
Logo após a publicação, parentes do gerente do posto começaram publicações contra o post do blog, numa tentativa de desmerecer ou até intimidar a continuidade das denúncias. Houve dono de TV que foi ameaçado por uma autoridade e sua esposa logo após a confirmação de que a equipe dessa tevê gravou imagens na entrada do hospital. Uma mulher, que é tia da criança falecida por conta da explosão do óleo misturado, desabafou ao ver uma servidora do hospital Wilson da Motta Silveira impedir a equipe de reportagem. Presume-se que essa senhora recebeu ordens dos superiores para impedir gravação das vítimas e entrevista com parentes que acompanhavam um morto e diversos feridos, todos do interior do município.

No momento do fechamento desta postagem, fiquei sabendo que adentrou no hospital Wilson da Motta Silveira mais um vitimado pelo óleo ungido por Satanás. Ele é da região do Santo Amaro, no Anapu e seria filho do Sr. Glória, bastante conhecido cidadão de bem de Portel.

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