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segunda-feira, 7 de março de 2016

Portel: Professores doentes são forçados a voltar ao trabalho e outros absurdos

A coisa tá feia no setor de educação de Portel, mas pelas bandas do Acutipereira tá pior ainda. Dezenas de professores contratados em detrimento dos concursados, com casos de até CH (formação em Ciências Humanas, sem as disciplinas como Didática, Currículo, Teorias da Educação, entre outras). 

Segundo denúncias, os ajustes seriam feitos após inscrição num partido político, o que confere ao negociante o poder de ganhar 200 horas letivas, o teto máximo, teoricamente, aos professores. A barganha envolveria a inscrição de 30 filiados. Embora tal questão careça de explicações, o interessante é que a maioria desses estão ainda fazendo o curso de formação, não estando aptos a lecionar, pois segundo o MEC, apenas professores com título conferido por universidades, institutos e outros afins conferem legitimidade ao cargo de docente.

Desde o governo de Pedro Barbosa, com os secretários Orzírio Santana e Rosângela Fialho, houve fechamento de unidades, mas parece que, contraditoriamente, o número de professores aumentou de forma assombrosa, chegando a mais de 50 só no polo Acutipereira. Uma dessas escolas que fechou foi a Jeová Samah, no rio Campinas, sendo os alunos foram remanejados para a Perpétuo Socorro, esta no rio Maripajó, fronteira com Melgaço. Estas escolas foram alvo de denúncias aqui blog pela falta de assistência da secretaria de educação e da saúde, cujos auxílios nessas áreas recaem sobre a responsabilidade dos prefeitos de Melgaço e Breves. Até a produção agrícola vai para essas cidades vizinhas, tanto o abandono.

Um caso que chama a atenção é a escola do Mocajatuba, bem no final desse lindo rio, localidade mais conhecida pelo nome do proprietário, senhor Duquinha. Esta unidade escolar possui sete alunos dos ciclos iniciais, em que o professor trabalhará apenas três dias por semana. Outro absurdo foi constatado na localidade Queimada (área próxima à fazenda, que era do Luis Rebelo e depois passou pro Edson Rebelo e tem rumores de quem seja o dono, ao que não vou falar agora para não ferir melindres e piripaques), 200 horas para 24 alunos, para os quais colocaram dois professores que não se entendem muito bem. 

Estranhamente, ao contrário dessa escola, a EMEF Aparecida, no igarapé Laranjal, conta com 33 alunos e a professora da unidade teve sua carga horária reduzida para 100 horas, sendo misturados os alunos adultos da tarde com as criancinhas da manhã, numa estranha contenção de gastos e reajustes com fins eleitoreiros. Segundo informes dos próprios adultos, estes não estudarão de jeito nenhum, pois se sentem constrangidos de estudarem no meio de crianças na tenra idade de, por exemplo, seis anos, sendo o mais velho um adolescente de 12 anos. Já pensou uma mulher de 59 anos de idade? O mais jovem desses adultos possui 16 anos de idade, o que já é uma diferença de idade bastante acentuada.

Há professores com formação em Pedagogia (por exemplo, 3º período) e exercerão a função docente de forma complementar nos anos finais em áreas específicas. Parece que é proibido isso, não? Que você acha, Paulo Sérgio Alvarez? Ou podem responder os três candidatos à vaga de diretor de ensino. Com vocês, a palavra. Espero, diante da formação em Pedagogia, entendam que há lei contrária a essa prática.

Embora eu tenha publicado ano após ano sobre os maus tratos ao ciclo da alfabetização, casos desfavoráveis ao direito da criança de receber boa educação parece não ter surtido efeito, pois na região de direção de terra (agora, absurdamente existem diretores que não molham os pés e diretores que molham os pés, ou seja, tem aquele que anda de moto e só vive na cidade e diretor que anda de barco e só vive na SEMED, por isso que os alunos quase se mataram no ano passado, por falta de diretores atuantes).

Aliás, queria tecer um comentário para esses casos em que alunos não se entendem. Os alunos que se meteram nessa confusão que envolveu até policia disparando tiros nos alunos agora ficarão juntos. Já pensou esses alunos convivendo no mesmo espaço, com toda a richa que a educação não soube mediar? Essa reunião de antagonismo deverá ser acirrada porque houve fechamento de escola e os alunos foram remanejados para a Laurindo de Abreu (antes conhecida como Inferno). Isso explica tudo. 

Também, nesse mesmo patamar de desentendimento, deverá se agravar após a junção dos alunos dos anos finais da escola da comunidade Tauçu (EMEF Deus Está Contigo) com os estudantes da escola da localidade Serraria - Comunidade São Miguel. Segundo informações, esses alunos não se bicam. Inclusive, no ano passado houve brigas entre alunos com arma branca. Não é aconselhável misturar esses meninos, embora estejamos falando de educação transformadora. 

Para piorar o quadro, o conselho da escola do Tauçu, por falta de experiência, usaram 20 mil reais (o prefeito bem sabe disso, pois ele me falou disso em reunião do dia 23 de outubro do ano passado dentro do hotel dele, na Rua da Vivência, em reunião do SINTEPP) de forma indevida. Com toda essa grana, diretor e coordenador compraram materiais como freezer, gerador de energia para equipar uma escola que funciona no centro comunitário. Como o recurso não deveria ser aplicado na aquisição desses bens, segundo as normas do PDDE, tiveram que devolver esses materiais, pois o dinheiro deveria ser usado para a construção da escola. Penso que isso também é errado, corrija-me o coordenador de conselhos escolares, o senhor Talisson não sei das quantas. Ocorre que os materiais foram devolvidos, mas o dinheiro sumiu! O cara que era diretor continua beneficiado com a função de diretor, só que em outro rio, como se nada tivesse acontecido. A trapalhada é grande, pois a cada semestre muda de direção, ninguém dá conta do recado, um diretor cagou (desculpa aí pela escatologia) e o outro limpou com outra bosta (desculpa a escatologia de novo, mas estou indignado). Tentei ligar para ele, mas o celular não funcionou. Gostaria de saber onde está o dinheiro.

Em reunião marcada com a secretária Valéria na última sexta 4, o SINTEPP iria questionar essas e outras irregularidades, mas a reunião foi desfeita porque o pessoal que substituiria a secretária tava mais por fora do que bunda de índio, o que seria uma perda de tempo. Nessa reunião, poderia se esclarecer esses pontos obscuros, inclusive a denúncia sobre um partido estar fazendo acordos de trinta filiados em troca de um pacote de favores, como carga horária, entre outras denúncias que só a secretária Ana Valéria poderia explicar.

Outro ponto importante que poderia ser esclarecido é quanto a um médico que eu, como membro do Conselho de Saúde, desconheço, embora já tenha chegado aqui pra mim a informação de que o nome do cabra é Pedro PAULO, que substituiu o médico Alisson. O ponto chave é novamente uma suposta reunião (dados repassados por pessoal da secretaria de saúde), em que, a exemplo do último questionamento em que a secretária de saúde Marilda Tenório negou pedido do governo para que o médico negasse atestado médico, assim como laudo médico para professores doentes e também pessoal da própria saúde. Mandei inquirir sobre o tal médico, mas pelo que consta ele é da Pró-Ribeirinho. Atenção, direção da Pró-Ribeirinho, abram os olhos! Tentei contato com a direção da Pró-Ribeirinho, sem sucesso. 

O pedido de informação será encaminhado por mim à secretária de saúde na próxima reunião do Conselho MUnicipal de Saúde, pois é gravíssima a denúncia feita por professores que tiveram suas licenças anuladas. O mais estranho é que bem antes do médico se pronunciar, já havia a lotação dos professores, como se a denúncia fizesse mesmo sentido. Até profissional com cirurgia marcada teve que cancelar por medo de perder o emprego ou levar falta, já que o médico pugnou pelo cancelamento da licença médica. Há também um professor que, em tratamento, foi lotado bem acima da vila Cikel. Do mesmo modo, uma professora em tratamento foi lotada em escola no final do rio Camarapi. O pior é que o médico disse aos professores que os casos seriam analisados por uma JUNTA MÉDICA, sendo que não temos profissionais médicos em áreas específicas. O registro do médico ainda não foi localizado, mas estou caçando a todo custo, até porque eu avisei. 

Uma grave situação que contraria o PACTO pela alfabetização na idade certa é a retirada de professores que estão inscritos nesse acordo municipal e federal que foram remanejados do ciclo da alfabetização para o ciclo seguinte, além da mudança de escola, o que prejudica o processo todo. Além desse forte agravo, há ainda a persistência da rotatividade, outro ponto combatido aqui no blog. 

Pela manhã de hoje, dezenas de professores estavam na SEMED para tentar resolver problemas relacionados à redução de carga horária em detrimento dos concursados, mas, segundo uma diretora picuinha (e mesquinha diretora da cidade também), a secretária Ana Valéria estava em reunião com seu irmão, o prefeito Paulo Ferreira. Não informaram, no entanto, se a reunião era na prefeitura ou no segundo andar do hotel do prefeito, localizado na Rua da Vivência.  

Depois de toda essa trapalhada, parece que o produto da reunião entre os dois irmãos será a exoneração da diretora do polo Acutipereira. É o que consta de boato na tarde de hoje, embora a diretora esteja convicta de que ainda manda em alguma coisa, já que sua pré-lotação não valeu nem aquilo que o gato enterra. O prefeito estaria puto da vida com a convulsão que acometeu a classe dos professores após a mexida mais dramática, pondo filas enormes nos corredores da SEMED, pressão em cima dos poucos vereadores que ainda comem pelas bordas, além de filas também na sala da diretoria de ensino, como se esta mandasse patavinas. Aliás, a piada mais propalada nesses dias em relação ao corpo técnico da SEMED é a do exercício de função como a do marido, que é o último que sabe. 

Por agora é só, porque tem uma fofoca rolando ali adiante, passada pelo Diário esta manhã. Mas esta vai ficar pra amanhã neste mesmo horário, neste mesmo batecanal. 

P.S.: Vem aí publicação sobre outros polos, com coisas horrendas. Segurem o fiofó, que a coisa é nojenta!

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