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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O que é o sistema? (parte 2)

Já nesta segunda edição da postagem "O que é o sistema?", é oportuno dizer que vou tratar daquelas peças aparentemente invisíveis aos olhos dos cidadãos comuns. E essa peça deve ser encarada como fundamental, pois ela vai municiar o político com grande somas de dinheiro para campanhas com diversos interesses embutidos. Importante salientar que são homens de muito dinheiro e que não dão simplesmente, daí importando dizer que querem retorno, de alguma forma.

Agiotas também entram nesse rol, endividando mais ainda uma prefeitura que mal consegue manter as contas ordinárias, mas se propõe a manutenção do poder, esses passaram a atuar recentemente no município de Portel. Madeireiros também foram grandes patrocinadores de campanha, num momento em que o setor ainda contribuía com empregos para a população, hoje só sobrevive uma minoria. Para exemplificar, só um madeireiro contribuiu com 150 mil reais para impedir Raso de se eleger, desestabilizando a tucanagem no município. Comerciantes também fizeram e fazem contribuições diversas, às vezes numa forma de pinga-pinga. A respeito desses últimos, os eleitores de recente figura política se indignaram quando um sobrinho de um empresário assumiu um cargo importante, fazendo aquisições patrimoniais gigantescas para um homem que nem roupa tinha ao retornar a sua cidade natal.

Lógico que eu expliquei a diversas pessoas as razões daquele homem assumir um cargo que bem poderia ser concedido a um dos apoiadores de campanha que deu o suor, mas pelo fato do seu tio contribuir com altíssimo valor monetário na campanha, este ficou com a palavra final. A empresa deste cidadão ganhou licitações vultuosas e se tornou o maior fornecedor de mercadorias para a prefeitura. Evidente que deixei claro que essa prática já vinha de longa data e enriqueceu muita gente por aqui. E isso me fez lembrar, ainda ontem na orla do Arucará, quando vi uma filha desse empresário a andar de um lado para outro em seu veículo, os tempos de alguns prefeitos em que homens de negócios eram privilegiados e, ao término dos mandatos, desaparecem do cenário ou minguam. 

Esses homens invisíveis aos olhos dos eleitores são engrenagens que impulsionam uma campanha e decidem o futuro de muita gente que só condena o prefeito, mas são peças do sistema a ganhar somas enormes. Ainda hoje, lembrei a um visitante à minha residência que pobres trabalhadores foram brutalmente removidos de uma área, que segundo este mesmo cidadão, Pedro Barbosa pretendia fazer uma área de alimentação. Ficou só na intenção e um empresário do ramo madeireiro pediu e foi prontamente atendido na remoção dos feirantes para implantar um supermercado. Outro agente do sistema aparentemente invisível agindo por ter contribuído na campanha com valores elevados.


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