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sexta-feira, 26 de junho de 2015

A frágil economia de Portel



Hoje estive no porto da Feira do Produtor e, em conversa com um produtor de açaí, ouvi o seguinte conteúdo, bastante significativo, do qual parto para o assunto de hoje:

“Antes se via todo tipo de produto chegando no porto. As pessoas do interior traziam galinha, pato, frutas. Hoje, o caboco volta pro interior com esse frango de gelo, que não dá pra fazer um caldo”. Morador do rio Pacajaí.

Nessa conversa, falava sobre o fracasso do governo de Pedro Barbosa no setor produtivo do nosso povo. E, atualmente, o importado Heron Macedo não dá conta do futuro nem do presente produtivo de Portel. Até a criação do peixe ficou restrita a algumas pessoas com melhor poder aquisitivo.

O nosso povo cresceu, um alarmante exército de pessoas sem emprego, sujeito a ser explorado por qualquer tipo de exploração. Prostituição, tráfico de drogas, exploração por políticos inescrupulosos que usam da artimanha do assistencialismo. Eu, portanto, desafio os homens que coordenam a produção a mostrar rumos pra evitar que a mão de obra do campo se desloque pra cidade e expor seus filhos a qualquer tipo de exploração.

As terras da estrada Portel-Tucuruí ou Transcametá (ninguém sabe mesmo ao certo) estão todas loteadas por famílias que não possuem vocação pra produção, exceto pra exploração com fins de lazer, o que não é nada mais útil ao seu prazer pessoal do que uma contribuição social dessa economia frágil que compra tudo de fora, seja o feijão, o arroz, o frango congelado falado acima, a pimenta queimosa, as roupas e até pessoas que desconhecem a nossa realidade e não produzem nada, exceto bem estar pessoal.

O capitalismo padroniza tudo no sentido de ganhar dinheiro. O que eu digo acima é algo semelhante a redução dos 300 tipos de alimentos que os povos antigos tinham pra se alimentar; depois, houve redução para 80; muito depois ainda, a redução chegou a 8 tipos de alimentos. É isso que está acontecendo com os nossos recursos, pois não é interessante ter uma diversidade, o que reduziria substancialmente os lucros. E hoje estamos comendo veneno, os agrotóxicos.

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