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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Breves: O impressionante Neguinho



Publicado em 22 de junho de 2010 por um grupo de estudantes universitários, o jornal Um sonho ambulante deixou uma impressão em João Batista de Lima, o Neguinho, tanto que ele guarda com carinho a cópia da publicação.

Eu e o popular Neguinho em frente a escola Miguel Bitar
Veja na íntegra, o conteúdo do texto intitulado de “Vendedor ambulante explica sua luta diária”:

“Sem estudos e com 40 anos de idade, o vendedor ambulante João Batista de Lima (Neguinho), já trabalha a 27 anos. Começou sua profissão aos 13 anos de idade, na época que começou era bastante jovem, ele julga ter sido roubado várias vezes. Hoje Neguinho, trabalha dez horas por dia, acorda cedo, sua luta diária começa as cinco da manhã, ele abastece seu carro de sorvete, e segue a escola M.C.P., chega lá por volta das oito horas da manhã. Neguinho diz que gosta de sua profissão e tem orgulho de ser vendedor ambulante. O lucro diário de trinta, quarenta e até sessenta reais, da para sustentar sua esposa e seus seis filhos, lucro que em certo dia chegou a ser oitenta centavos. O nosso entrevistado, como qualquer outra pessoa tem um grande sonho, o grande sonho desse vendedor é terminar de construir a sua casa e dar um conforto bem melhor a sua família.”

João Batista de Lima, o Neguinho, é um homem bem humorado e carismático. Ele chamou a minha atenção quando eu comprei dele uma coxinha e um suco de maracujá. Enquanto eu colocava pimenta na coxinha, eu deixei cair a sacola contendo o suco e aí a coisa aconteceu. Neguinho disse pra eu não me preocupar, que daria outro no lugar daquela que caiu. E assim o fez. Além de despertar minha curiosidade sobre o jeito como ele trata os clientes, vi naquilo como uma forma de fidelizar o cliente. Mototaxistas, professores e outros moradores de Breves falam com Neguinho com tanta intimidade que os gracejos produzem risos a todo instante.

Como este blog cobra pelas publicações comerciais, disse ao Neguinho que não cobraria nada melo merchandising e logo eu descobria que eu não fui o primeiro a ficar impressionado com as habilidades desse homem. Eis aí a história de gente que faz e sabe bem fazer sua profissão em meio a tanta falta de emprego, provando que o homem disposto para o trabalho cria sua própria história.

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