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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Xinguara: retiradas de direitos e perdas salariais levam educação a cruzar os braços

Os (as) trabalhadores (as) em educação da Rede Municipal de Xinguara, na Regional Sul do Sintepp, atravessam duas semanas em greve contra perdas salariais e retirada dos direitos adquiridos que está sendo orquestradas pelo prefeito Osvaldinho Assunção (PMDB).

O Sintepp encaminhou para a administração municipal a pauta de reivindicação da Campanha Salarial desde o início do ano de 2014, porém não obteve resposta satisfatória.

Na assembleia que deflagrou a greve (04/04) tomou esta decisão após realizar um estudo detalhado sobre as planilhas de reajuste e revisão salarial. Entre os principiais questionamentos indicasse que atualmente todos os trabalhadores em educação concursados apresentam perdas na garantia de direitos adquiridos, como o quinquênio, por exemplo, referente ao período de 2002 a 2014; que os profissionais de apoio educacional já acumulam uma perda de 150% ao longo da carreira; além das perdas salariais dos secretários escolares e auxiliares administrativos e o vergonhoso reajuste salarial proposto pelo governo no valor de R$3,00.

A data para início da greve foi 14/04, durante os 10 dias de intervalo entre a assembleia e o início do movimento paredista a comissão de negociação do Sintepp buscou uma mediação junto à prefeitura, porém não houve avanços e o movimento iniciou.

A principal alegação do governo pmdbista é de que não existem recursos disponíveis para cobrir as reivindicações da categoria, pois 90% dos recursos do Fundeb já seriam destinados somente para o pagamento da folha dos educadores, no entanto os trabalhadores querem saber o que foi feito com R$ 655.599,94 (seiscentos cinquenta e cinco mil quinhentos e noventa e nove reais e noventa e quatro centavos) que Xinguara recebeu só no ano de 2013.

A Coordenação da Subsede informa ainda há outro recurso que deveria ser gasto com salários dos professores e não está sendo aplicado. Trata-se do BB Repasse, que o município recebe todos os meses, como distribuição de arrecadação ou complemento da união. No mês de janeiro, o valor repassado foi de R$ 674.187,71 (seiscentos setenta e quatro mil cento e oitenta e sete reais e setenta e um centavos). Já em fevereiro o repasse foi dobrado, R$ 1.432.140,66 (um milhão quatrocentos e trinta e dois mil cento e quarenta reais e sessenta e seis centavos). Porém o secretário de educação Vilmones da Silva, não dialoga sobre o que está sendo feito com este dinheiro. Osvaldinho tem que comprovar através de prestação de contas o que foi feito com os recursos que são encaminhados à educação!

Na manhã desta segunda-feira (28), o Sintepp esteve no Fórum da cidade para participar de uma tentativa de conciliação, convocada pelo juiz Dr. José Admilson, porém o governo, além de não enviar representantes que possam dar resolução aos impasses, ainda impetrou um pedido de exceção de suspeição, dando por encerrada a audiência sem nenhuma perspectiva de consenso.

Vale lembrar que o governo já havia entrado como uma ação para pedindo a suspensão da greve, e foi derrotado! Ou seja, até a própria justiça concorda com a legitimidade das reivindicações da categoria.

A comissão de negociação salarial acatou a deliberação assembleia de deflagração que indicara o percentual de 15,4% (que atingiria a cobertura das perdas já expostas). Na tentativa de encerrar o IMPASSE a assembleia permanente da categoria já indicou 10,4%, no entanto Osvaldinho e seu secretariado escolhem ignorar os trabalhadores e jogar a questão para resolução do Tribunal de Justiça do Estado. Por isso, os educadores afirmam: A GREVE CONTINUA!

Mais de 80% das escolas do município estão paralisadas. E além das questões salariais reivindica-se reforma e ampliação de espaços escolares, realização de concurso público, melhoria na qualidade da merenda escolar e no transporte dos alunos. O Sintepp vê a greve como a medida extrema, mas não há como se manter inerte diante de tamanhas irregularidades.

Osvaldinho pague o que deve à educação!

Não há conquista sem luta!

Leia também: http://www.sintepp.org.br/xinguara-retiradas-de-direitos-e-perdas-salariais-levam-educacao-a-cruzar-os-bracos/

Foto: Divulgação/facebook

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