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sexta-feira, 28 de março de 2014

Anexos da Escola Bosque: alunos e professores sofrem com a falta de transporte escolar


Nas mobilizações para o primeiro seminário sobre a realidade da educação municipal nas Ilhas de Belém, para o dia 29|04, a Executiva Belém do Sintepp apurou várias denuncias de precariedade encontradas nos anexos da Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, ou apenas Funbosque, situada na Ilha de Outeiro, que vai da falta de estrutura, segurança, transporte escolar regular, até assédio moral por coordenadores da Funbosque.

Estas foram as principais dificuldades encontradas pelos Coordenadores do Sintepp em visita recente às UP’s – Unidades Pedagógicas, mantidas pela Escola Bosque/Semec nas ilhas vizinhas a Belém, que deveriam ser, em princípio, referência ambiental, educacional de centenas de crianças que têm direito ao acesso à escola pública de qualidade social para assegurar o direito de aprender.

Em uma das demandas, a comunidade escolar de Cotijuba solicitou ao Sindicato que acompanhasse uma reunião entre a Coordenação da Funbosque e a Comunidade do Seringal, localidade distante do trapiche municipal da ilha, que há mais de dois meses está sem aula por falta de transporte escolar para alunos e para a única professora da Unidade Pedagógica, que foi construída num casarão doado, há mais de 10 anos, pela própria comunidade feita em madeira, já desgastada pela falta de manutenção ou vontade política de se construir ali uma escola em alvenaria, com as mesmas qualidades encontradas no centro de Belém.

A desculpa pela ausência do transporte escolar na ilha, segundo o Coordenador Administrativo, Sr. Otávio Souza é o excesso de burocracia que emperra a contratação de bondes e motos para atender os alunos e professores nas localidades da Faveira, Seringal e Fazendinha. Em relação a não utilização das lanchas escolares existentes para substituir os meios de transportes precários e sem nenhuma segurança, se dá por conta do preço da gasolina, frisa Souza.

Sem transporte, crianças caminham quilômetros expostas aos intempérie do clima para chegarem à escola. “Precisamos de mais 15 ou 30 dias para concluir as licitações encaminhadas ao TCM – Tribunal de Contas dos Municípios e assim, atender as demandas destas comunidades” – explicou Souza. Que na somatória, as crianças devem ficar sem aulas, pelo menos três meses.

As mães de alunos presentes à reunião levantaram vários questionamentos aos representantes da Escola Bosque que não souberam esclarecer ao certo, por desconhecerem a realidade daquelas localidades. “Não aceitamos essas desculpas, senhor administrador. O governo municipal tem que resolver o problema, pois alguém errou. Se fala tanto em leis que não entendemos e onde estão as leis que amparam nossos filhos?”, comentou uma responsável por aluno.

No dia 26 de março os trabalhadores em educação da Funbosque paralisam as atividades para reivindicar uma pauta específica da Fundação, como a mudança na direção/presidência da Escola e a saída das atuais coordenações pedagógicas, acusadas de assédios aos trabalhadores além de reformas urgentes nas escolas e:

1) Melhores condições de trabalho;
2) Reforma imediata e reaparelhamento das Unidades Pedagógicas;
3) Resolução dos problemas de transportes de professores e alunos nas Unidades Pedagógicas;
4) Reparos e melhorias em todas as salas de aula e banheiros;
5) Contra a perda de espaços pedagógicos;
6) Mudança geral no ensino médio/técnico: equipamentos, almoço, estágios;
7) Fim do assédio moral promovido pela presidência, direção, administrativo e coordenações;
8) Merenda escolar de qualidade;
9) Aquisição imediata de carteiras escolares, pratos, copos e material escolar;
10) Implementação do plano de manejo florestal para salvar o bosque da Escola Bosque;
11) Contra o grande número de servidores temporários contratados.

No dia 27|03, às 9 horas – no auditório da Escola Bosque em Outeiro, será realizada uma Audiência Pública com a finalidade de forçar o presidente da instituição a prestar contas das graves denuncias de sua gestão, chamada pela Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Belém. Os trabalhadores em educação esperam que desta vez, o presidente Fabrício Modesto não fuja das suas obrigações de gestor público.

O Sindicato convoca a categoria para as Assembleias Distritais, para saberem dos trabalhadores em educação da Rede Municipal de Educação, se há dispobilidade para uma greve por tempo indeterminado no ensino de Belém, depois da várias negativas do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho no acordo assinado, por ocasião do fim da greve em 2013, entre PMB, Justiça e Sintepp.

Todos e todas à luta por uma educação pública de qualidade social e valorização profissional

Agenda:

Dia 27|03 – Audiência Pública da Funbosque – auditório da Escola Bosque, 9h

Dia 03|04 – Assembleias Distritais:

a) Belém: Sede Social do Clube do Remo, 16h

b) Icoaraci/Outeiro: Escola Municipal Alfredo Chaves

c) Mosqueiro: Auditório da EE. Honorato Filgueiras, 16h30

Dia 04|04 – Assembleia Geral da Rede Municipal – Sede Social do Clube do Remo, 9h

Leia também:
http://www.sintepp.org.br/anexos-da-escola-bosque-alunos-e-professores-sofrem-com-a-falta-de-transporte-escolar/

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