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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Portel: Portaria é desrespeitada e temporários têm mais privilégios do que efetivos

Ri muito do humor de Genildo. Mas essa cena lembra momentos em que tentei ajudar e fui repudiado. Neste momento, ao escrever esta postagem, lembro que já critiquei a rotatividade de professores nas unidades de ensino de Portel e cá vem a notícia da maior rotatividade da história, insuperavel até por aqueles que foram considerados os maiores ditadores da história portelense.

Na escola Ivone Santos, a mudança foi tanta que só restaram cinco dos antigos professores. Tal absurdo que contraria leis como a 9394/96 e sapeca Portel goela abaixo no IDH vergonhoso em que o município está enquadrado. Não fosse só essa situação da cidade, no interior é pior ainda. O que pesa mais ficou amarrado no artigo 9º da Portaria 001/2014, a qual estabelecia critérios para a lotação deste ano, mas alguns diretores e coordenadores acabaram por definir seus professores com base nos sentimentos de interesse e até de vingança, ladeados pelo Rei do Acutipereira (vereador que é no novo estraga educação de Portel).

Os responsáveis pelas mudanças não são critérios técnicos como o novíssimo regimento unificado votado recentemente pelo Conselho Municipal de Educação de Portel. Os responsáveis são mesmos vereadores que só faltavam morar dentro da SEMED, tendo alguns maior critério em apenas fazer reuniões particulares com seus representantes encastelados na secretaria de educação.

Para piorar esse entendimento de puro masoquismo, a tal da seletiva de contratados foi, como já preanunciado por um vereador, uma fachada para coibir os ânimos de alguns que estavam demais afoitos em tirar os poderes do presidente da Câmara Municipal. Uma candidata me confidenciou que estava inscrita na seletiva apenas para constatar o que ela chamou de marmelada e olha que ela começou a discorrer sobre os assuntos que seriam abordados pelos entrevistadores e demonstrou extremo conhecimento. E, como já previsto por ela, não foi aprovada. Aliás, os que foram aprovados foram os mesmos que tinham sido contratados em 2013, todos por indicação de vereadores, alguns chegando a mais de 100 contratos. Daí é fácil entender que os candidatos foram preservados a pedido dos próprios vereadores que, como dito antes, só faltaram levar suas redinhas para morar no prédio da SEMED.

Nesse perigoso jogo de interesses, os professores avaliadores fizeram papel de bobos, pois seus trabalhos não foram considerados no resultado final. Inclusive é bom dizer que alguns professores avaliadores fizeram comentários ouvidos por alguns candidatos de que, entre muitos professores com experiência, souberam conduzir as respostas com muita destreza. Alguns gaguejaram, deu branco, não souberam dizer nem o que era planejamento, mas apareceram na lista. Do lado de fora também se via a mesma situação de nervosismo com candidatos memorizando aquilo que já deveriam dominar como, por exemplo, currículo. Da parte de alguns mesários, foi decepcionante verem que seus trabalhos foram inúteis, lembrando alguns que deram nota 2,0 a alguns e nota 9,5 ou mesmo 10 para outros e... adivinhem quem foi aprovado? Justamente o nota 2,0.

Creio que, entre as piores coisas a acontecer, está a terrífel arma dos vingativos: a perseguição. Soube, nesse sentido, que uma professora que milita na área social e sindical teve seus parentes desempregados, entre eles, cunhados, filhos e irmãos, restando a si somente seu emprego por ser concursada, mas com requintes de crueldade ficou a ordem de redução de carga horária.

Nem de perto essas considerações acima se iguala ao que viria como resultado de uma lotação que nem tinha sido publicada e já tinha gente sabendo que seus nomes não estariam na lista das antigas escolas onde conheceram os alunos a fundo. Agora, distantes de seus alunos, terão que reaprender tudo sobre a nova clientela. E, em alguns casos, nem se pode levar em conta os pareceres, que muitas vezes são feitos à maneira do Ctrl C e Ctrl V. Desta forma, o mais prudente é fazer um diagnóstico sobre a turma e passar a conhecer um mundo novo de cada aluno e tentar fazer o melhor possível e esperar que um dia a rotatividade não seja reiterada por um punhado de homens famintos por votos.

Os agravos são tantos que enxurradas de pedidos de filiação no SINTEPP crescem a cada dia, uma vez que são tantos os direitos roubados que a Portaria 001/2014 GB/SEMED/PORTEL, de 02 de janeiro de 2014, está, mesmo sendo um documento governamental, desmoralizado, pois não contempla a ordem de lotação. Já tenho em mãos a lista das escolas onde os temporários possuem mais privilegiados do que os efetivos.

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