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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Marabá: greve continua por intransigência do governo

Os (as) trabalhadores (as) em educação da Rede Municipal de Marabá, cansados de esperar que a gestão desastrosa do PROS/PT na Semed atendesse aos pontos de pauta da categoria, postos na mesa de negociação pela coordenação do Sintepp, resolveram não iniciar o ano letivo 2014, até que todas as demandas da sejam atendidas pelo governo.

A greve deflagrada pela categoria em 27 de janeiro chega ao 9º dia e fica cada vez mais forte. Mesmo depois do movimento ter sido manchete em jornais de circulação nacional, o prefeito João Salame (PROS) e o secretário municipal de educação, Luis Regason Bressan (PT) decidiram não dialogar com o sindicato.

O governo preferiu ir à mídia local apresentar dados inverídicos com relação às finanças do município, numa tentativa desesperada de jogar a opinião pública contra a categoria, para ferir principalmente a imagem dos dirigentes sindicais.

Essa jogada, porém não deu certo devido a grande credibilidade que o Sintepp tem perante a comunidade, devido o enfretamento e a defesa dos direitos dos trabalhadores em educação que promove. Agora o governo adota uma nova estratégia: uma equipe de pessoas da confiança de Salame, lotadas por apadrinhamento político na sede da secretaria, está indo às escolas e exigindo reunião com os diretores e todos os servidores, em uma tentativa minar o sindicato em sua base. Lamentável!

Todavia, na assembleia de ontem (03) pela manhã, no auditório da EMEF José Mendonça Vergulino, a categoria, que lotou o plenário, ratificou a decisão de permanecer em greve até que a administração municipal entenda a necessidade de mudança de postura e aceite estabelecer mesa de negociação com o sindicato.

Entre os pontos de pauta, a categoria reivindica:

1. Revogação de toda a Portaria de Lotação da Semed para o ano de 2014 (acredita-se que o documento atual prejudica todos os trabalhadores em educação);

2. Garantia da hora atividade conforme a Lei do Piso (Salame se recusa a fazer qualquer proposta nesse sentido);

3. Pagamento imediato de todas as progressões (há um grupo de mais de 300 servidores que fizeram o pedido da progressão de um nível para outro da carreira e até agora não tiveram a garantia do direito. Vale lembrar que a lei municipal diz ser automático, após um mês de protocolado o pedido);

4. Garantia de que nenhum direito adquirido pelo servidor seja retirado ou reduzido (o prefeito quer através do PL-490-GP, de 29/10/2013, reduzir as gratificações de mestres, doutores, diretores e vice-diretores);

5. Reajuste do vale alimentação (o Sintepp pede o aumento para R$ 300,00. O vale esta estagnado em R$ 161,00);

6. Garantia de que todos os espaços das escolas sejam considerados para lotação dos agentes de serviços gerais, e não somente o número de salas de aulas como propões o governo;

7. Garantia de professor auxiliar nas turmas de educação infantil e nas turmas de 1º ao 5º ano;

8. Garantia da lotação de dois agentes de portaria no turno da noite, como forma de promover o aumento da segurança do patrimônio e do próprio servidor;

9. Exigimos o cumprimento integral da carta compromisso assinada pelo prefeito em relação às promessas eleitorais direcionadas à educação.

A população precisa saber que Salame quer considerar apenas os recursos do Fundeb para investir na educação, sem considerar os 25% constitucionais. A previsão da folha de pagamento da educação para todo o ano de 2014 gera em torno de R$ 150 milhões, só de recursos próprios a previsão orçamentária para esse ano é de R$ 240 milhões.

Portanto, como o governo alega não haver recursos suficientes para manter os direitos e avançar nas conquistas dos trabalhadores em educação? A luta em defesa da educação pública é justa e ela se efetiva com a valorização profissional. Não abriremos mão daquilo que já conquistamos.

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