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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Uma homenagem a Kiko, candidato a diretor do Paulino de Brito

Olá, galera do Paulino de Brito em Portel-PA! 
Posto esta para dar uma moral ao Kiko, meu sobrinho, rumo à direção daquele Tempo do Conhecimento!

O Alain Marzo de Lima Fonseca, o Kiko ou Jaburuzão (apelido de casa por ser caneludo) é filho de minha irmã primogênita, a Ester, com o jornalista Edivaldo Fonseca, do extinto jornal "A Província do Pará". O Jaburuzão, digo, o Kiko, rompeu a madre e chegou ao mundo no dia 23 de janeiro de 1978, na Maternidade do Povo, em Belém. Era ma manhã chuvosa. Logo que nasceu, foi trazido pra Portel. 
Criado por minha mãe, conviveu desde a tenra idade lá em casa. Com isso, nunca chamou a sua genitora biológica de mãe, e, sim pra avó materna. Aprendeu as primeiras letras lá por casa quando tinha três anos. Sua precursora foi a professora Rosa Lima, minha outra irmã. Desde cedo o menino tinha vocação pra ser um prodígio, modéstia à parte.

Lembro que ele, aos dois anos e meio, chorava porque queria ir pra escola com a gente. Ao completar a idade do Jardim de Infância, foi matriculado no Casulo da Mônica, que ficava na rua Floriano Peixoto, que depois mudou de endereço lá pra rua 1º de maio. Teve, logo no início, por professoras oficiais a Vânia Matos, a Vilarete Paranhos e a Glorinha. Aos três anos, aprendeu a ler. Quando saímos com a mamãe pra fazer compras, ele queria ir só mostrar que já dominava a leitura e com isso barganhar pirulitos ou picolés. No caminho ia soletrando nome de baiúca, açougue e e placa de obras, etc.
Certa vez, eu o levei pra um rolé. Ao chegar na esquina da avenida Magalhães Barata com a Rua Hugo Sabóia, parei pra ver o cartaz do filme que passava no Auditório Manarijó.
Enquanto isso, o Jaburú (Kiko) avistou uma placa do outro lado da rua e ficou repetidas vezes soletrando em voz baixa, ate que sapecou em voz alta:
- "Sitúdio do Dinho!!!" 
- Que Sitúdio que nada, seu besta!!!", respondi e já fazendo aquela caçoada. É Studio do Dinho, seu mané!  Lê-se Studio, o "S" mudo tem som de "S" mudo. Lembro que eu tinha uma cartilha da 3ª série da autora Branca Alves de Lima, da Editora FTD, e ele queria porque queria também uma. Depois disso, de tanto caçoar dele, esmerou-se a ler de verdade. Lia tudo o que caía nas suas mãos, desde livros velhos, jornais que serviam de embalagem, rótulos de garrafas, nomes de barcos, de tabernas e por aí afora.

Depois disso, não mais o acompanhei. Em 1986 saí de Portel e o Jaburu continuou por lá, militando como filho de pobre, em busca de conhecimento,  pra ele sobreviver. Com o tempo, formou-se, com graduação em História, passou em concursos, constituiu família, tornou-se escritor e, por último, fez pós-graduação.

É uma figura extrovertida e querida de todos. Nos meses de junho atua como dramaturgo e animador do Grupo Cultural Mandioca Mole. Tem uma folha de serviços prestados ao município e produtor cultural. Em 2011 foi representar Portel numa feira de livros, como único escritor das Terras Arucarás.

Por essa razão estou convencido de que ele está preparado para dirigir com muita competência e habilidade a escola Paulino de Brito. Avante, Jaburu, digo, Kiko!

Por Samuel Barbosa e adaptações de Ronaldo de Deus

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