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domingo, 2 de junho de 2013

Reflexões

No plano de governo do Paulo do Posto contempla a criação de cooperativas.
O governo, através da secretaria de saúde, negou taxativamente a venda dos produtos agrícolas que podiam ser comprados para merenda escolar. Fato anunciado pelo blog.
Durante a audiência pública (que durou duas horas!), nenhum secretário se manifestou sobre as doenças causadas pela escassa alimentação.

Dá para ver com clareza a ausência da boa alimentação nos supermercados da cidade. No Confiança, por exemplo, os produtos hortifrutigranjeiros sumiram por completo, diferentemente de alguns anos atrás quando havia estandes repletos de verduras.

A secretaria deixou de se manifestar publicamente diante de situações gritantes onde imperam doenças de terceiro mundo como gastrite e também de primeiro mundo como o diabetes e obesidade. Embora não tivesse público, o povo mesmo, a imprensa estava lá e governo que se preze dá especial atenção a esses veículos que fazem a mente do povão.

Para trazer à baila, a criação de cooperativas é uma imperiosidade numa terra em que a madeira não mais sustenta a cidade, cabendo ao setor público a responsabilidade, mas que não pode ficar assim. E todos sabem que os sindicatos e a maioria das associações foram criadas pelo governo, mas é bom lembrar aos puxa-sacos de plantão que o termo governo não quer dizer Paulo, Pedro, Elquias, mas o setor público em si, sendo estes apenas passageiros, que poucos fizeram em prol da boa prática sustentável. Bom ressaltar que a nossa terra produz uma variada gama de produtos que estão sendo levantados pelo diagnóstico conduzido pelo IDEFLOR, STTR, associações e logística da prefeitura. Neste documento, espera-se um levantamento de produtos que desafiam a inteligência dos setores de planejamento e levam à conclusão de que os anseios populares apontam para uma certeza: o povo passa fome e vive na condição de miserabilidade por haver ganância de poucos que se engalfinham nos corredores da SEGAF, ao que se recorre ao termo usado pelo ex-prefeito Pedro: “quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro”. É de suma importância a realização desse diagnóstico socioeconômico e ambiental na região de abrangência do PDL Portel, principalmente por se utilizar de metodologias participativas – DRP.

Chega de apontar soluções baseadas no achismo. É hora de recorrer a dados concretos para a tomada de decisões e deixar a oratória de lado, arregaçar a manga da camisa e partir para a luta, trabalho mesmo. Dados não faltam. Basta ver, bem diferente de alguns anos atrás, que a própria SEMED já compilou informações vitais sobre os gastos do setor, bastando fazer uma leitura e fazer uma contenção de gastos onde existem torneiras abertas e ralos profundos a sangrar os recursos da educação. Nesse sentido, a secretaria de planejamento deve focar a atenção nesses dados e dar suporte aos setores organizados e não fazer deles o inimigo público da governança. Aliás, cabe a todas as secretarias manter um setor de estatística para que as reuniões não fiquem presas a discursos vazios que não se afinam com a necessidade das pessoas.

Lembro-me do plano de governo de Pedro Barbosa de interligar as secretarias, ainda que não tenha ficado claro se era intranet ou internet, mas que daria uma mobilidade de informação, ajudando sobremaneira o eterno problema de falta de comunicação. Na contramão surgiram as subprefeituras, com autonomia indevassável, especialmente na secretaria de educação e saúde, sendo a primeira quebrada, restando a segunda incólume. Ao tocar no assunto, vejo no plano de governo (“4.1 – Manutenção da atual estrutura organizacional da Secretaria de Saúde (SES), inclusive a manutenção de alguns técnicos e médicos.”), sem falar na conservação da elevada taxa de nepotismo e seu crescente aumento.

Espero que o texto deste domingo provoque reflexões nas mentes pensantes deste município.


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