Nossa luta pela transparência continua. Aqui você sabe quanto foi repasado à conta do FUNDEB

DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

domingo, 30 de junho de 2013

Acabou o contrato no meio do ano. E agora?

Esta semana, o assunto que meus leitores mais querem saber: contrato dos temporários que se encerra neste mês de junho. E as indagações surgem em todos os lugares: na rua, no trabalho, pela internet, por telefone. Muito justo. Vamos lá.

Tudo aconteceu por orientação do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios). Este Tribunal recomendou a vários municípios acerca dos distratos, por haver detectado irregularidades nas contratações. A corte ainda tem o entendimento que a partir de agora todo servidor deverá admitido por meio de concurso publico.

Na avaliação do TCM, a Prefeitura Municipal de Portel infringiu a Lei de Responsabilidade, por conta de ter ultrapassando o limite permitido para o pagamento de pessoal, ou seja, o ex gestor Pedro Barbosa realizou concurso publico sem levar em consideração a necessidade real da administração. Além disso, Pedro Barbosa e seus 40 também não levou em consideração o concurso para vagas de cargos que administrativamente possam somar ao bom funcionamento do Município (sem cabide).


Segundo fontes palacianas, de acordo com necessidade da administração, o concurso pode  sendo analisado ainda neste segundo semestre de 2013, para a sua concretização já no início de 2014. A previsão é que haja concurso publico para os cargos de agente de vigilância ambiental, agente de economia, guarda municipal e professor, tudo porque, se houver contratação sem concurso público, o gestor do município Paulo Ferreira poderá responder por improbidade administrativa.

sábado, 29 de junho de 2013

Conversa de fim de tarde: rombo na prefeitura

Conversa de fim de tarde:
- Sabe que esteve em Portel um agiota e que levou uma caçamba, uma patrol e um rolo compressor, pra pagar dívida que o Pedro Barbosa contraiu e que o município pagou?
- Não!
- Pois é, o Pedro, como prefeito de Portel, tinha uns amigos que eram uma mulher e um homem. A mulher contratava os rapazinhos pra ficar com ela e, por outro lado, o cara contratava gays e rapazes novos pra dormir com ele.
- Nossa! Agora eu entendo porque tinha tanto gay com privilégios no governo de Pedro Barbosa.
- Bem, em Belém não era diferente. A irmã do Pedro tinha poderes estritos e irrestritos para movimentação financeira.
A conversa ia longe quando eu fiquei a matutar e até perdi parte da conversa porque eu simplesmente levei a pensar nas situações pelas quais os meus amigos portelenses passaram dificuldades. Pensei que hoje a prefeitura tem, junto ao Governo Federal, 9 milhões de reais para asfaltamento de ruas retidos por conta de não prestação de contas, tal como a rua paralela à Ypiranga, no bairro do Pinho. E depois que o blog Educadores publica uma notícia de malefícios à sociedade e os bandidos vêm dizer que estamos promovendo o terror?
Quando eu voltei à realidade, os dois homens já estavam a discutir sobre agiotagem:
- Tem gente em Portel que não tinha nada e hoje se apresentam como novos ricos da cidade.
- Me fala desses maquinários... como é mesmo a história? Indaguei.
- Bom. É que teve um agiota que não aguentou e resolveu vir pegar a máquinas aqui em Portel na marra! O cara é mau! Mas tem agiota pior! Um deles disse que ia passar o sal no Pedro. E...
- Peraí! Passar o sal? O que é isso?
- Passar o sal é mandar pro mundo dos pés juntos, mandar matar, etc. Entendeu?
Nesse momento, entra um cidadão e diz:
- Cês tão falando mal do melhor prefeito de Portel!
A galera olha e a fala é quase uníssona:
- Tá na hora da gente falar de jegue, então! E a conversa se torna só uma gargalhada!


Casos de negação de férias: o que fazer?

Uma amiga me relatou que suas férias foram denegadas pela SEMED. Este fato me levou a escrever sobre as férias dos servidores, sem consideração aos cargos exercidos em magistério, que obedece às leis especiais.

Bem, esta negação proveio da orientação jurídica da secretaria de educação, a qual sugeriu que a decisão sobre quem deve ou não sair de férias é a diretora da escola, já que a servidora em tela exerce cargo operacional, fugindo, portanto, das leis especiais por não se tratar de exercício do magistério.

De acordo com o art. 138 do Estatuto do Servidor Público do Município de Portel, Lei nº 786, “o servidor, após cada 12 (doze) meses de exercícios no serviço público adquire direito a gozo de férias anuais, de 30 (trinta) dias consecutivos. E este direito é tão expresso que esta mesma lei afirma que a concessão de férias será participada por escrito ao servidor com antecedência de dez dias (art. 150). Caso isso não venha a acontecer, cabe ao servidor, caso a administração não tenha feito a concessão de férias, requerer o gozo dessas férias no período de 15 (quinze dias), de acordo com o art. 151 do mesmo Estatuto.

Importante ressaltar que, após ter feito o requerimento solicitando as férias não concedidas, a autoridade terá o prazo de quinze dias para despachar o período de gozo de férias, que deve acontecer nos 60 dias seguintes. Porém, se a autoridade não atender o requerimento dentro do prazo legal (quinze dias), o servidor poderá ajuizar ação, pedindo a fixação, por sentença, da época do gozo de férias (art. 151, & 1º e 2º).

A responsabilidade da orientação errônea poderá causar danos ao erário. É o que se subtrai do texto legal, pois uma vez ajuizada a ação, a indenização será em dobro, com determinação de expresso prazo de recolhimento dos valores e ainda estipulando o prazo de cinco dias para a concessão de férias.

Portanto, muito atentos com relação a essas orientações lesivas aos direitos trabalhistas, valendo lembrar que “ao ser negada ao servidor a fruição de suas férias por fato alheio a sua vontade, como é o caso do interesse público subjacente à continuidade das atividades desenvolvidas, não há dúvidas de que este deve ser indenizado em razão da violação de seu direito, matéria situada no campo da responsabilidade estatal por dano, como previsto no parágrafo 6° do artigo 37 da Constituição da República”, afirmou o juiz Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho, da 14ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, em ação semelhante.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Um dinheirinho do PIS ajuda aí nas finanças no meio do ano?

Trabalhadores que tiveram remuneração média mensal de até dois salários mínimos durante o ano base 2012/2013 e for cadastrado no programa PIS/PASEP por pelo menos 5 anos e informado pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), podem fazer o saque do abono salarial no valor de R$ 678,00, até 28 de junho.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, até 17 de junho foram feitos 17,2 milhões de pagamentos de abono salarial pelo Programa de Integração Social (PIS), de um total de 18,1 milhões.

Desde abril, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vem notificando por carta os contribuintes que ainda não foram buscar o benefício.

De um total de 20,7 milhões de trabalhadores aptos a receber o benefício, 19,6 milhões já fizeram o saque, uma taxa de coberta de 94,84%, a um custo de mais R$ 12 bilhões em recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A região Nordeste foi a que conseguiu alcançar o maior número de trabalhadores, 4.376.7 dos 4.533.023 que tem direito ao benefício, uma taxa de cobertura de 96, 55%.

Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são constituídos com a arrecadação das contribuições dos trabalhadores.

O PIS promove a integração do empregado com a empresa privada em que trabalha. Com o número de inscrição no PIS em mãos, o cidadão pode realizar consultas e saques dos benefícios sociais administrados pela Caixa.

Os trabalhadores inscritos no PIS recebem o abono nas agências da Caixa e os inscritos no Pasep no Banco do Brasil. Aqueles que tiverem Cartão Cidadão da Caixa, com senha cadastrada podem fazer o saque em casas lotéricas, caixas de autoatendimento e postos do Caixa Aqui. Para retirar o dinheiro, devem apresentar um documento de identificação e o número de inscrição no PIS ou no Pasep.


 Fonte: www.brasil.gov.br

Blog muda destino de população em invasão de Portel

Após publicação exclusiva acerca do desenrolar das audiências sobre os processos nº 0128600-30.2007.5.8.0104 e 0082000-48.2007.5.08.0104 que aconteceram na vara do trabalho de Breves, sob a guarida do Tribunal Regional do Trabalho, 8ª Região, a situação se reverteu. Mas desta vez foi a favor do povo da Portelinha.

Sentimos gratos em ter a feliz oportunidade de veicular em primeira mão o acontecimento que nenhuma emissora do estado do Pará noticiou e, sobretudo, porque informamos a população da Portelinha sobre os fatos que estavam ocorrendo enquanto uma população de mais de 2 mil pessoas dormia no momento em que tramas estavam sendo arquitetadas.

Hoje, diferentemente da apatia em relação às sessões, a galeria da Câmara Municipal de Portel ficou lotada de moradores da atual área de invasão da propriedade que antes era utilizada pela empresa AMACOL sob título de concessão para que a mesma pudesse ser instalada sem os coercitivos impostos.

O vereador Ronaldo Alves se interessou no caso e espalhou centenas de cartas no intuito de promover a disseminação do fato até então não noticiado por nenhuma emissora de televisão, com exceção do blog Educadores de Portel, o qual teve acesso aos registros do ocorrido em Breves, cuja decisão poderia prejudicar centenas de famílias. As imagens de uma televisão local tentou jogar a boa intenção do vereador contra a opinião pública dizendo que os pasquins tinham o intuito de espalhar o terror entre os cidadãos.

COMENTÁRIOS DO BLOG

Os meios de comunicação poderiam agir no sentido de informar fatos que dizem respeito às pessoas interessadas, porém, muitas vezes deixam de cumprir seus papéis, alastrando informações que estejam relacionadas exclusivamente a interesses particulares. A meu ver, a publicação daquilo que diz respeito ao povo, especialmente desprovidos do acesso a informação, deveria estar pautado na vocação em distribuir dados que ajudem as pessoas a entender suas próprias causas. Mas não é o que se vê.

É fato que a  juíza da vara de Breves estava irredutível quanto a cedência da área para o próprio prefeito de Portel, sob o argumento de que as terras se haviam incorporadas ao patrimônio da empresa americana. Não era esse o nosso entendimento, como porta-voz mais ativo no meio de comunicação rápida em Portel.

Ora, no próprio blog foi enfatizada a forma dentro da qual o prefeito de Portel poderia agir, que seria através de um decreto determinando a área de interesse social. Uma vez abarcada a ideia, a juíza da vara de Breves agiu dentro do círculo do bom senso e resolveu pela providência da prefeitura em prover um croqui com detalhamento dos setores vitais que contemplem tais benefícios à população local. Aliás, essa área é reconhecidamente como um ponto estratégico da economia de Portel, dado o calado que poucas regiões do estado do Pará possuem. E esta área estava ameaçada pela venda de lotes a empresários de fora do município.

Continuaremos a fazer deste meio de comunicação uma arma a serviço da população, dando informações que o cidadão comum não tem acesso, sobretudo porque a pessoa trabalhadora não dispõe de tanto tempo para estar antenado às questões que são travadas dentro dos gabinetes. O blog proporcionou um destino, ao publicar os rumos que decisão poderia tomar, e isso é motivo de muita honra.




Mega operação da polícia civil em Melgaço prende dezenas de narcotraficantes

Aconteceu hoje, 27, bem cedo, mais uma mega operacao da policia civil. Desta vez o alvo são os narcotraficantes. 

Informes urgentes chegam a redação de o Educadores de Portel e dão conta de aproxidamadamente 30 pessoas presas sob suspeita de integração ao crime organizado de exploração de entorpecentes na cidade de Melgaço. Os narcotraficantes serão conduzidos para a seccional de Breves.

pelo menos oito traficantes foram presos em flagrante, o que produziu uma apreensão de grande quantidade de cocaína, pedra de óxi e maconha.

Barco que conduz professores ao Congresso da educação em Ponta de Pedras encalha

O barco JB Garcia que saiu de Anajás com destino a Ponta de Pedras no Marajó levando educadores dos municípios de Anajás, Portel, Melgaço, Breves, Curralinho e Boa Vista para participar do Congresso da Regional Marajó do Sintepp bateu em um banco de areia próximo a Vila de Conde do lado do Marajó.

O incidente ocorreu logo depois das 6 horas e não se tem precisão sobre os fatores que levaram o comandante a cometer o erro, se por falta ou excesso de informações.

A sindicalista da educação portelense, Rose Silva, conta sua experiência, às 16:09h, via Facebook:

"Gente o barco JB Garcia de Anajás que estava trazendo as delegações dos municipios de Anajás, Melgaço, Portel, Breves, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista para o congresso Regional do Marajo do SINTEPP, encalhou encima de um monte de pedras em frente a Vila do Conde hoje por volta de 6:20 da manha. Felizmente estamos ja todos bem e em Ponta de Pedras, fomos resgatados por outras embarcações, mas ate que isso acontecesse fo ium sufoco, porque a embarcação corria o risco de virar, e também porque a falta de informações ou o excesso dela, não sei, acabou por criar o equivoco de que tinhamos sofrido um naufragio e havia morrido alguns companheiros, so por via de segurança, estamos todos BEM e A SALVOS."

Informações dão conta de que a embarcação portava mais de 100 passageiros. Devido ao estado em que se encontra, o barco corre risco de virar. Não há notícias de risco de vida aos os passageiros que estão sendo resgatados por ribeirinhos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Os poderosos temem o mais poderoso: o povo

Primeiro caiu a passagem dos ônibus onde todo o processo de manifestação começou, que o diga São Paulo. Desta vez foi a PEC 37, que foi derrubada por 430 votos contra 9, tendo apenas 2 abstenções.
Portel, por sua vez, poderia mudar o rumo de mil desgraças, mas apenas um grupo de professores, pais e mães de famílias se juntaram ao movimento que toma conta do Brasil. Numa rede social, um jovem, indignado com a dormência do povo portelense diante de seu próprio sofrimento, publicou o texto abaixo:

****Portel não precisa fazer manifestação, pois tudo no município está as mil maravilhas, protestar para que? Infelizmente, é assim que pensa a maioria dos portelenses.

****O povo de Portel, ao menos até hoje, está inerte para as questões sociais e econômicas que assolam o nosso município. Parece que já se acostumaram a viver com as migalhas que sobram da corrupção e se conformaram com os descasos de nossas autoridades e governantes.

****Não está tudo bem! E nunca esteve, nem aqui e nem em nenhum lugar do Brasil. O povo vive oprimido, humilhado, esquecido, excluído, roubado e inseguro. Tudo isso por causa da praga da corrupção que alastra o Brasil. São milhões desviados pelos corruptos que deveriam ser usados em infraestrutura e outras melhorias para a população.

****Veja o caso do conjunto “Minha Casa Minha Vida” em Portel. O dinheiro foi liberado para a construção de um conjunto com as condições básicas de habitação, mas então, porque ele está sem rede de esgoto, sem água encanada e sem energia elétrica? Simples, a corrupção! E nem o Ministério Público descobriu ainda o que houve com as verbas do conjunto.

****E a falta de pagamento na SEMED em dezembro de 2012, a precariedade das escolas públicas e dos postos de saúde, a falta de iluminação pública, o sacrifício de receber o bolsa-família ou de pegar uma ficha para atendimento médico, o aumento no preço da farinha, do açaí e das passagens de navios. A corrupção trás conseqüências trágicas para a sociedade. A falta de perspectivas já levou muitos de nossos jovens ao suicídio, a violência tem causado inúmeros homicídios e o desemprego tem levado muitos a viverem na miséria. Está tudo bem amigos? Estamos realmente felizes com tudo isso?

****Breves, Bagre, Ponta de Pedras e outros municípios do Marajó já estão se manifestando contra corrupção e em prol de melhorias para a sua população. Será que nós vamos continuar sonhando que está tudo bem ou vamos mudar nossa triste realidade?


Portel, 21 de junho de 2013 - #Edenilson

Como saber se a grana do Pacto já está na sua conta

Já sei como é a forma de saber se o dinheiro do Pacto está na conta, é uma dica valiosa que vai impedir de incomodar a própria gerência do Banco do Brasil em Portel.

Antes disso, leia:


Neste link você saberá como fazer o cadastro de forma adequada. Esta publicação foi feita a partir de dúvidas que os leitores do blog tinham sobre o assunto. Informo que até agora nenhum dinheiro foi depositado em minha conta por fazer este serviço que custa 750 reais. Brincadeirinha. He He He.

Mas cuidado! Nesta postagem (http://educadoresdeportel.blogspot.com/2013/08/professores-orientadores-do-pacto.html), servidores são humilhados por causa de falta de compromisso com o PACTO. Uma vergonha!

Pois bem, quando tiver escrito “Pagamento realizado”, você já pode ir à agência bancária que o dinheiro já está disponível. Mas, atenção! Antes de pegar senha pra ir ao caixa, passe primeiro com a Diléia, a qual fará um cadastro. Para isso, ela vai exigir o número do convênio, bem como o número do benefício, além do RG e CPF. Aí, ela de posse desses documentos, fará o cadastro e, finalmente, você será convidado a digitar uma senha de seis dígitos numéricos. Cuidado ao elaborar sua senha numérica para não apresentar números repetidos. E, como segurança contra os crackers (não os hackers, que são seres do bem), você não deve usar sua data de nascimento. Tá ligado?


Depois disso, vá ao caixa e saque sua grana do Pacto e vê se pratica aquilo que aprendeu, visite as famílias, tudo com a utilização dos materiais que o MEC enviou ao coordenador local, que já deveria estar em suas mãos, professor.

E com relação ao cartão? Você já tem o seu? Leia AQUI.

Não sabe fazer cadastro para receber a bolsa do Pacto?

Antes de dar as instruções sobre o cadastro no SISPACTO, quero agradecer aos leitores que se comunicam diariamente comigo, seja por e-mail, Facebook, celular ou mesmo pessoalmente.

A Cristina, de um lugar bem distante, mandou a sua mensagem: “Ainda não consegui fazer o cadastro do Pacto”. Quero dizer a leitora que não é a única, mas isso traz sérios problemas ao pagamento. Ainda esta semana, eu mesmo fiz o preenchimento dos formulários para uma professora amiga minha. Ela não disponibiliza de internet, nem tem computador em casa. Nem e-mail ela tinha. Na minha cidade, Cristina, 80% dos professores não tinham sequer um e-mail.

Mas vamos ao que interessa.

Primeiramente, o seu coordenador local, através do professor orientador, vai solicitar que você preencha um formulário físico, onde constam vários dados, inclusive o e-mail, muito importante, pelo que você vai ver a seguir;

Depois que o professor orientador estiver de posse dos formulários devidamente preenchidos por você, ele dará entrada no sistema, ao qual somente ele tem acesso específico, para evitar fraudes ou coisas parecidas.
Quando o professor orientador tiver feito isso, basta que você acesse o seu e-mail. Por meio dele, você receberá uma mensagem do SIMEC, com uma senha.

Com a senha recebida, você fará seu primeiro acesso ao endereço http://simec.mec.gov.br/. O login é o seu próprio CPF que foi fornecido no formulário físico (lembra que ele deu pra você preencher?). Pois bem, depois é só digitar a senha fornecida por e-mail, que deverá ser trocada neste primeiro acesso, já que é uma senha única válida para todos os demais professores.

Nesse primeiro acesso, você fará o preenchimento da guia “Dados do professor alfabetizador”, que é você.
Em seguida, faça a Avaliação Complementar. Pronto!

Agora é só esperar algumas horas e voltar novamente ao site e verificar a aba Acompanhar avaliações e bolsas, que sofrerá alguns trâmites, que deverá ser verificado através da parte chamada Fluxo de Avaliação. Nesta fase, você verá que a análise se encontra em aberto e que foi enviado pelo (a) seu (sua) orientador (a). Em seguida, sob análise um servidor fará a sua aprovação. Já está prestes a receber a sua bolsa. Mas espera aí! Não se afobe. Tem mais.

No final da página você encontra as “INFORMAÇÕES SOBRE BOLSA”. É pra lá que seus olhos devem focar nos próximos dias. Tem um fluxo extenso de tramitação e colocar aqui só estenderia a postagem.
Espero ter ajudado e me coloco à disposição para outras dúvidas. E o MEC que me dê um salário digno para isso, pois até agora só os coordenadores é que receberam e os professores estão sem ver a cor dessa grana do benefício. Hasta La vista, Cristina Correa!

Leia mais sobre o Pacto:
http://educadoresdeportel.blogspot.com/2013/06/bolsistas-do-pacto-continuam-sem.html
http://educadoresdeportel.blogspot.com/2013/06/sobre-o-dinheiro-dos-professores-do.html
http://educadoresdeportel.blogspot.com/2013/05/pacto-ou-impacto-pela-educacao.html
http://educadoresdeportel.blogspot.com/2013/02/entenda-como-funciona-o-pacto-pela.html

O elo perdido

Em recente viagem aérea, um amigo sobrevoou uma área que fica cerca de 110 quilômetros da sede do município e encontrou aquilo que eu chamo o Elo Perdido da cultura portelense.

De acordo com o meu amigo, que chegou lá de helicóptero, o cidadão que vive isolado na floresta de Portel, tem procedência maranhense. Sua vida é mantida através da produção antes vista até nos quintais das casas da sede do município.

Lembro-me muito bem que os quintais costumavam ter limão da terra, limão caiana, abacateiros, mangueiras, taperebazeiros, hortaliças. Também era comum ver lindas galinhas e patos rechonchudos a deslizar pelos quintais.

Em viagens ao interior de Portel, meu pai percorria de barco os rios do município de Portel e, ao retornar, trazia produtos do mato. Entre eles, o mari, a castanha do Pará. De comida silvestre, encontrava-se no meio das conquistas, a carne de caça, ovos de diversas aves e peixe.

Hoje, o caboclo compra peixe na cidade pra levar ao interior, onde outrora foi lugar pujante na produção de pescado! Desta forma, entendo mesmo que aquele é o elo perdido da história de nosso povo, apesar de ter nascido em outra terra (nesse momento o debate se acirra, catacumbas são sacudidas, num frenesi de contestações, mas, fazer o quê??).


Agora, resta-me conseguir um patrocínio e fazer a viagem ao quilômetro 110 e constatar in loco a história vivenciada pelo meu amigo. Bem que esta viagem poderia ser feita de moto... Que tal?

sábado, 22 de junho de 2013

Portel em protesto

Rua 2 de Fevereiro: movimento atravessa cidade
Percorremos as ruas de Portel, ouvindo pessoas de diversos segmentos da sociedade, cada uma dizendo onde aperta o sapato. Um carro som dava suporte. Buzinas ensurdecedoras de motos. Apitos. Crianças, jovens, idosos. Todos participavam da manifestação que toma conta do país. Portel, esse é o lugar, um município que dista cerca de 200 quilômetros da capital Belém.
Crianças saem para protestar contra merenda escolar
A indignação presenciada no seio do manifesto centrava-se na corrupção que assola todos os entes, do município, estado ao federal. Mas expunha reivindicações cruciais para o desenvolvimento do município, tais como a estrada Portel-Tucuruí. Até as crianças foram reivindicar merenda de qualidade nas escolas. Interessante notar que as falas eram respeitosas, num movimento apartidário.
Incluía também uma universidade para o Marajó com polo em Portel. Não esqueceram de incluir o preço da passagem de navio, que o movimento e a própria população acha exorbitante.
Com concentração marcada para logo depois do jogo do Brasil, pouco a pouco o movimento foi e encorpando. Na praça do bairro da Cidade Nova, cartazes eram feitos com as várias queixas que os manifestantes queriam extravasar.
O cordão humano seguiu pela 2 de Fevereiro, tendo o microfone um revezamento constante. Ora era ocupado por um professor, ora por uma dona de casa. Vendedor de açaí também.
Hino Nacional é cantado na frente da Câmara Foto: Edenilson Anjos
Ao chegar em frente da Câmara Municipal, todos os manifestantes entoaram o Hino Nacional, sentados no asfalto. Após essa bela encenação e alguma fala, o povaréu seguiu para frente da prefeitura. Lá, outras falas.
Vendedor de açaí expõe dois recibos de imposto sobre açaí
O vendedor de açaí conhecido como Garrincha fez apelo ao prefeito no sentido de retirar o imposto cobrado, enquanto que uma moradora do conjunto da Castanheira pediu providências quanto à energia elétrica. Ela e um estudante cobraram respeito e dignidade.
O próximo ponto foi o trapiche municipal, onde estavam atracados alguns navios que fazem linha entre Portel a Belém. Todos ficaram voltados para as embarcações cantando gritos de guerra contra o elevado custo das passagens.

                                                                              Foto: Edenilon Anjos
Em seguida, a povada seguiu para o posto do Luis Rebelo. Com o carro som próximo às bombas, diversas vozes, dentre elas uma moradora. Esta reclamou do bar que funciona junto ao posto de gasolina. De acordo com ela, há uma barulheira que entra pela madrugada e não tem policiamento depois das duas horas da madrugada.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Férias em Portel: Caça aos mijões

Com o mês das férias à porta, rumores dão conta de uma operação da secretaria de saúde do município de Portel. A ideia seria implantar banheiros químicos em toda a extensão da praia mais visitada da cidade.

Outra ideia que vai causar polêmica é a caça aos mijões. Com tanta cerveja consumida, homens e mulheres ficam com a bexiga cheia e acabam urinando em qualquer lugar, deixando o ambiente com um odor insuportável. 

A praia deve ser vigiada por salva vidas, no sentido de evitar incidentes indessejáveis como a morte de quatro pessoas há alguns anos.

Pousadas não são problemas. Nos últimos anos, cresceu o número de hotéis e pousadas novos. Ainda estamos sem os dados de vistoria desses estabelecimentos quanto aos quesitos saúde e segurança.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Motivos para Portel protestar: Portelinha sob ameaça!

Enquanto oss colegas pensam em fazer manifestações, surgem algumas inquietudes que não posso deixar de compartilhar, no sentido de contribuir em prol de uma luta de real significância para nossa gente.

POVO DA PORTELINHA VAI PERDER SUAS TERRAS: É GRAVE!

Acontece amanha grande audiência na Justiça Trabalhista no sentido de por fim na questão do impasse da área da Portelinha (AMACOL). Os protestos em Portel devem aumentar ainda mais, pois a juíza do trabalho em Breves surtou. Alega que as terras da AMACOL foram incorporadas ao bem da empresa.

Trata-se de um golpe contra a cidade de Portel. Na década de 70 quando o projeto AMACOL se instalou na Amazônia, esta ganhou incentivos e terra. Evidentemente que por período determinado. Portanto, a juíza surtou, já que ela jamais poderia se apropriar de um bem patrimonial para hasta pública, ou seja, as terras urbanas de nossa cidade.

O golpe que se está avolumando é no sentido de satisfazer a vontade de grupos empresariais de Breves, os quais que estão comprando as terras a preço de banana, numa ganância para servir como especulação imobiliária onde pretendem fazer casas, condomínios, porto etc.  Somente esses especuladores é que ganharão, perdendo mais uma vez o povo de Portel. Diante do impasse jurídico, o município não pode propor os devidos ordenamentos da área. Aquele povo ali instalado seria prejudicado, uma vez que o poder público fica impossibilitado de levar os serviços essenciais para os habitantes da área.

Diante de tal impasse, só nos restam duas saídas: ou o município negocia ou age através de decreto, declarando a área como efeito de necessidade de interesse social. Porém, na instrução processual de hoje, a juíza se mostrou irredutível.

OS DANOS À PORTEL CAUSADOS PELA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

Outro fator interessante a constar no pacote de reivindicações: O Instituto IMAZON aponta, em seus estudos, que Portel poderá ser alagada em períodos do ano. O alagamento aconteceria, segundo o Instituto, em determinado período do ano, no processo de alagamento de Belo Monte de Altamira. O Estudo de Impacto Ambiental do IBAMA não levou em consideração a área de Portel no eixo de estudo, ou seja, passou por cima de nossa demografia e acabou se estendendo a Gurupá que está mais distante dos impactos.

O atual Secretário Estadual de Meio Ambiente, José Colares é natural de Gurupá, daí entender o motivo pelo qual o município de Gurupá estar sendo compensado desde então pela Empresa Norte Energia. Desta forma, a compensação vem através da construção de escolas, hospital, aeroporto, postos de saúde, dentre outros benefícios. E Portel que irá sofrer todo tipo de dano, não ganhou nada!!

O ex-prefeito Pedro Rodrigues Barbosa, ladeado de assessores e secretários arrogantes e despreparados, perdeu prazo na época de questionar O RIMA, o Relatório de Impacto Ambiental.   Foi maquiado e sabe quem vai pagar por esse erro crasso? O povo de Portel.

A DIFICULDADE EM REDUZIR PREÇOS DE PASSAGENS

Não creio que as passagens de navio sejam tão importantes, ainda que seja meritória qualquer saída. Vamos pensar macro, gente. Há um fato como esse é muito mais grandioso e grave. Enquanto isso, o governador Simão Jatene não tá nem aí pro Marajó! Jatene jamais vai querer dar isenção de ICMS pros donos de embarcação, já que todos estes são atrelados a ele. Pense comigo. O Luiz Rebelo financiou a campanha de Jatene, assim como o Edson Rebelo. E mais: o Cleo Custodio está na iminência de ser desocupado da Bernado Sayao, no Jurunas. Ou alguém duvida que este cidadão vai questionar o incentivo fiscal do Estado para reduzir passagem se o Portal da Amazônia a cada dia se aproxima do Porto dele?


Espero ter contribuído no debate. Esperanças existem, mas não se pode esperar que ela caiam do céu.

Curtas, porém, grossas

  • Charque enviado pela SEMED de Portel às escolas municipais para a alimentação das crianças esta todo estragado... SEMED esta recolhendo o charque impróprio para o consumo, mas a pergunta que fica é: Como fica o dinheiro que foi empregado nesse alimento? Como sempre, o povo é que paga esse prejuízo.
  • Começou sair a grana do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa. Mas, calma lá. Só para os coordenadores. Professores, neca!
  • Em alguns pontos de venda, o ingressos para a festa do Búfalo do Marajó já esgotaram.
  • Sob a pretensão de evitar uma invasão ao prédio da SEMED, uma servidora levou várias pastas em seu veículo. Ninguém sabe o que levou a servidora a agir assim. Muito suspeito.
  • Hoje, 20, é dia de sessão ordinária na Câmara, mas não tem um vereador presente. É que agora há reuniões itinerantes. Desta vez acontece na Vila do Elmo, Alto Pacajá. A última vez em que a câmara se reuniu assim foi no Santo Amaro, Anapu. Não se sabe o custo dessas reuniões.
  • Barcarena realiza hoje, 20, e amanhã dia 21 ampla manifestação. É o interior entrando na onda de protestos.

Marajó e os motivos pra ir pra ruas

Em meio a tantas reclamações que fazem só crescer as manifestações pelo Brasil agora, no Bom Dia Brasil, o apresentador pede a opinião de Alexandre Garcia, que faz revelações estarrecedoras.
“E quando o assunto é denúncia, o mínimo que poderia se esperar de um poder público é transparência. Mas não é o que pensa, por exemplo, o Senado. Depois de varais irregularidades, a direção da Casa decidiu dificultar o acesso à informação. As perguntas dos jornalistas vão precisar sser encaminhadas com antecedência e formalizada em ofício. O prazo pra resposta até cinco dias. Alexandre Garcia, na era da informação veloz, mais burocracia... cinco dias! “
Alexandre comentou:
“É como na história do marido enganado que resolve a questão vendendo o sofá onde aconteceu o adultério. O Senado corrige seus males escondendo as informações. O governo militar acabou com a pobreza chamando o pobre de “carente”. Com perguntas por ofício e cinco dias para responder, o senado fica com tempo para camuflar os desvios e destruir as provas. Afinal, esses repórteres intrometidos só descobriram que se pagava horas extras nas férias por causa dessa maldita transparência. Descobriram a terceirização entre amigos. Que a filha do senador gastou 14 mil no celular do Senado num passeio no México. Que a sogra do assessor de imprensa de Renan Calheiros ganha 4 mil e novecentos reais do Senado sem sair de casa. Que a assessora de senador, filha de Fernando Henrique, tampouco sai de casa porque acha o Senado uma bagunça. Que se pode trocar passagem aérea por jatinho. Que há 181 diretores e uma infinidade de conselhos bem remunerados e parentes de toda ordem igualmente bem remunerados, só por causa dessa transparência. Baixe-se, portanto, a opacidade e desvios que afetam a constitucional moralidade.”
Capitaneados por tais vergonhosas ações políticas, os movimentos também se espalham pelo interior Pará, após maciça movimentação do povo da capital
. Em Bagre, a manifestação que era pra ser pacífica, acabou em quebra-quebra. A maior insatisfação é quanto a questão da eletricidade, que, apesar de ser fornecida pelo Linhão do Marajó, ainda dá sinais de inoperância.
Enquanto isso, Breves realiza seu protesto, dentre os quais está o lacunoso fornecimento de água, que todos sabem que é da competência do governador do estado. Outro ponto relevante a ser incluído nas reivindicações é a questão do transporte fluvial, que está no valor de 70 reais.
Em Portel, professores convocam reunião para definição de pauta nesta quinta. A reunião acontecerá no anfiteatro, a partir das 18 horas. Mesmo assim, deverá constar, inevitavelmente, o preço da passagem de navio até Belém. De rede, o portelense paga 80 reais. De camarote, 120 reais.
Comentário do blog
Reduzir preço é apenas um paliativo, pois um dia haverá elevação. Penso que o momento é de construção de um abaixo-assinado pedindo ao governador uma estrada para Portel. E, para quem pensa que existe impedimentos legais, a estrada já existe de fato, pois foi aberta pelos empresários do ramo madeireiro há muito tempo. Basta que o poder municipal avance até a região da empresa Cikel, cujo transporte a Tucuruí já é feito de carro. Em recente visita realizada pelo prefeito de Portel, Paulo Ferreira, o governador disse que não quer problemas com o setor do meio ambiente e que também não quer brigas com os “interesses”. Supõe-se que um desses interesses seja o monopólio do transporte fluvial, o qual é detido pelo magnata Luis Rebelo. O governador quase cai pra trás quando foi informado que a estrada já existe e que o povo do alto Pacajá transita livremente pela estrada Portel Tucuruí. Nesse sentido, já existe uma petição, cabeada pelo blog mais popular de Portel, o Educadores de Portel, um dos mais lidos do Marajó. O editor, Ronaldo de Deus, pretende apresentar a proposta hoje, na reunião e já levará cópias do documento para que os quase 200 participantes comecem as assinaturas em complemento às virtuais.


terça-feira, 18 de junho de 2013

CURTAS, PORÉM, GROSSAS


Paraenses dão, enfim, sinais de cansaço quanto aos desmandos, hipocrisia e insensibilidade dos governantes e até mesmo do sistema (defensores, me ataquem!).

Nenhuma cidade do Marajo, recebe um olhar de politica seria,consistente e responsavel, nem por parte do Governo Estadual e nem Federal, não ha referencial em nenhuma area na regiao do Marajo.

O PDS MARAJO 2006 não saiu do papel, até agora, com exceção do Linhão do Marajó. E o resto do que fora prometido, nada!! Enquanto isso, os Municípios não dão conta de fazer seu papel sozinho. Irão tirar dinheiro de onde? Se a maioria vive de minguados repasses Federais distribuídos no modelo de Brasília, não levando em consideração o custo Amazônia!

Sentimos na pela a juventude se matando, assaltando, enquanto que o pai está desempregado, a escola parece ser uma saída de um dia que nunca chega. Matar um ao outro ou se matar vai resolver? É um protesto silencioso (ou ensurdecedor), mas que, ao bom entendedor, já diz tudo: estamos desamparados.

Enquanto isso, o cara que deixou Portel na pindaíba (uma bomba que foi entregue ao Paulo Ferreira), será nomeado Secretário Extraordinário do Marajó pelo governador Simão Jatene. Ele mesmo: Pedro Barbosa, o homem que deixou quadrilhas e quadrilhas roubar a pacata e sofrida Portel.

Nossas florestas estão sendo dizimadas pelas induspans dos homens que se dizem “amigos” da cidade e do povo portelense. Que isso??! IBAMA senso utilizado como massa de manobra política? Dona Dilma, acorda, que o órgão é da sua competência.

Pela manhã, no posto de saúde do Muruci, mulheres esbravejavam contra os protestos que estão sendo feitos Brasil afora. E a picanha ainda estava debaixo do prédio que é do SUS. Pode?

Compreende-se o fato das picanhas reclamarem, pois só assistem a Rede Esgoto, que tenta a todo momento descaracterizar o movimento. Incapaz de filtrar a mensagem do J. N., a picanha (tadinha!) reproduz tudo aquilo que ela justamente é contra: falta de remédio, transporte caro, desemprego, violência, enquanto que os seus representantes (vereadores, prefeitos, deputados, governadores, etc) nadam em dinheiro e têm plano de saúde, passagens de graça, dinheiro sobrando... Triste.


Belém entra em protesto: teria o espírito dos cabanos agido?

Segundo a Polícia Militar, a manifestação reuniu mais de 13
mil pessoas. Pode chegar a 20 mil, dizem manifestantes.
                                                        Foto: Carlos Mendes - via Facebook
Impulsionados pela onda de protestos contra o aumento da tarifa do transporte público em outras cidades do Brasil, paraenses aderem ao movimento que mais parece uma febre. O movimento propõe a mobilização da sociedade para cobrar melhorias, especialmente no trânsito da capital, e vigilância quanto às obras do BRT (Bus Rapid Transit), que estavam paradas desde dezembro de 2012 e foram retomadas na última sexta-feira (14).

Agentes da Rondac, Corpo de bombeiros, Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu), além de policiais civis e militares acompanharam a movimentação pacífica. Considerado um movimento apartidário, os manifestantes repudiaram a tentativa de militantes do PSTU quanto ao uso de bandeiras da sigla.

Ficou evidenciado o caráter apartidário da manifestação, claramente espontânea e que brotou da justa indignação diante da falta de sensibilidade dos poderosos de plantão.

A passeata que teve como ponto de partida o Largo de São Braz, seguindo posteriormente, a partir das 18 horas, pela avenida Almirante Barroso, uma das principais vias de acesso e saída da cidade.

A onda de protesto foi promovida pela Internet, já que o
falido sistema de comunicação tradicional se manifesta contra
os clamores populares, a dor do povo em diferentes frentes
“Saimos do Facebook” Os dizeres do cartaz exibido pela jovem manifestante em Belém resume o poder de mobilização das redes sociais e evidencia o quanto a internet, com seu caráter anárquico, sepultou o monopólio da informação, até então detido pelos barões da comunicação, invariavelmente movidos por interesses escusos.

A passeata realizada em Belém reuniu diversas causas e grupos. Entre as bandeiras erguidas, feministas, estudantes, movimento LGBT, grupos de skatistas e pessoas que pediam mais segurança para pedalar nas ruas da cidade. Na pauta, críticas à construção da Usina de Belo Monte, aos gastos em obras para a Copa do Mundo, repúdio à Proposta de Emenda Constitucional 37, gritos contra a homofobia e o Estatuto do Nasciturno.


Ao chegar no ponto final do trajeto, os manifestantes sentaram na pista da BR-316, em frente ao monumento da Cabanagem - movimento popular emblemático na história do Pará, ocorrido no século 19, que culminou na tomada do poder da província do Grão Pará por grupos populares. Estaria o espírito dos grandes guerreiros atuando na cabeça do nosso povo? Ou seria o Facebook e a força da internet como um todo?

domingo, 16 de junho de 2013

Fake diz que CEF não mais instalará agência em Portel

Neste sábado, 15, um fake (perfil falso) na rede social Facebook chamado de Portel Manarijó anunciou uma nota sobre uma suposta mudança na implantação da agência da Caixa Econômica que seria implantada em Portel. Veja o texto que provocou animado debate na maior rede social do mundo:

ESCÂNDALO - PORTEL PERDE AGÊNCIA DA CAIXA ECONÔMICA PRA ANAJÁS –

A arrogância e a prepotência desse despreparado desse prefeito prejudicaram mais uma vez Portel. A agência da Caixa Econômica que estava tudo certo pra ser em Portel pra ajudar nossos irmãos ribeirinhos a receber com dignidade suas bolsas escola não vem mais pra portel tudo porque o PAULO DESGOSTO peitou o superintendente da CAIXA .

O prefeito não queria que o banco funcionasse no prédio do ELQUIAS MONTEIRO que fica na esquina da Floriano Peixoto com a 2 de Fevereiro e exigiu que o banco alugasse o prédio do GERSON, irmão do Joãozinho, porque o prefeito não gosta do ELQUIAS e do NETO MONTEIRO. O diretor da caixa explicou ao prefeito que já estava tudo certo pra agência abrir em breve no prédio do ELQUIAS e que não tinha mais como mudar pra outro prédio.

O DESTRUIDOR DE PORTEL, PAULO DESGOSTO, peitou o diretor e disse que ou a agencia se mudava pro prédio que ele queria ou ele prefeito não daria o ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO, documento exigido pra que seja aberto um banco. A resposta do diretor do banco foi a seguinte: “ENTÃO, PREFEITO FIQUE COM O SEU ALVARÁ QUE NOS VAMOS MUDAR A AGENCIA PRA ANAJAS E não vamos mais abrir agencia em Portel” e saiu da sala deixando o prefeito falando só. POR CAUSA DA BURRICE , PREPOTENTE, ARROGANCE esse prefeito mais una vez prejudica PORTEL e o povo pobre daqui . ATÉ QUANDO MEU DEUS !

Em resposta à publicação do fake Portel Mararijó, a assessoria de comunicação do prefeito Paulo Ferreira fez a seguinte defesa:

AGÊNCIA DA CAIXA EM PORTEL

É inverídica a informação que o município de Portel perdeu a instalação da agência da CAIXA para outro município. Não cabe ao gestor interferir no processo licitatório em andamento.
Estamos aptos a receber a agência, e receberemos.
Podem confiar.
ASCOM/Portel.

Comentário do blog

O blog Educadores de Portel, após de ter verificado a postagem do Portel Manarijó, tentou entrar em contato com pessoal do governo, mas não obteve sucesso como das outras vezes. Na mesma rede, houve comentários sobre uma publicação que não fizemos.


Ainda temos a coragem que tínhamos ao nascer (quem tem medo não deveria ter nascido), publicaríamos caso houvesse fonte fidedigna, pois não precisamos nos esconder atrás de falsos perfis para traduzir nossa indignação, nossa revolta, denúncias, reclamações e até propor medidas para nossa terra, tal como a petição pública que o blog promove atualmente.

Leia mais sobre o plano de expansão da Caixa Econômica Federal:

Brasil em protesto: o povo acordou?

Muitos dos meus amigos me perguntaram o que é que está acontecendo em São Paulo. Mencionaram que viram na TV reportagens sobre uma série de protestos iniciada na quinta-feira (6). Disse-lhes que o movimento questiona o aumento das tarifas de trem, Metrô e ônibus em São Paulo para R$ 3,20, em vigor desde o início do mês.

Adverti-os também que mobilizações semelhantes já foram registradas neste ano em outras cidades do país.
Considerei que, em relação à capital paulista, os envolvidos nos atos já têm histórico de protestos contra reajustes nas passagens desde a década passada.

De acordo com o site G1, entre os grupos mais conhecidos está o Movimento Passe Livre (MPL), que tem organizado os protestos recentes recrutando pessoas, inclusive, pelas redes sociais. Reporta o site que movimento foi fundado em uma plenária no Fórum Social Mundial em 2005, em Porto Alegre.

Há notícias que dão conta que as primeiras ações pelo transporte gratuito em São Paulo começaram ainda em 2004, com inspirações em iniciativas ocorridas em Salvador (Revolta do Buzú, em 2003) e Florianópolis (Revolta da Catraca, em 2004).

No início, discussões do MPL feitas em escolas públicas da Zona Sul e da região de Pirituba defendiam o passe livre apenas para estudantes. Porém, tempos depois, o movimento ganhou o apoio de universitários, movimentos comunitários, de moradia e de saúde. Atualmente, o MPL defende que a passagem seja gratuita para todos.

Os líderes do movimento que se intitula apartidário, não divulga uma estimativa do número de integrantes e diz contar com apoio de doações voluntárias para financiar panfletos e o material utilizado nas discussões.
A dimensão do movimento parece se engendrar mais a cada dia, pois outro grupo que também convocou seus seguidores a participar das manifestações no início da semana foi o MOVIMENTO MUDANÇA JÁ, que se define em sua página no Facebook como apartidário. O movimento se diz defensor de "uma gestão pública eficiente, da educação e da cidadania". No sábado (8), grupo organizou protesto relâmpago na Marginal Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.

O Movimento Mudança Já chegou a sugerir em rede social uma campanha de boicote, que consistia em pagar as passagens de ônibus, trem ou metrô com notas de R$ 20 e R$ 50. O objetivo era que, sem troco, a companhia fosse obrigada a deixar "passar de graça".

Desta vez, os protestos tiveram início após o aumento da tarifa, de R$ 3 para R$ 3,20, nos meios de transporte da cidade. Segundo o MPL, “todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social.”
O aumento de 6,7%, no entanto, ficou abaixo da inflação no período – a tarifa dos ônibus, por exemplo, custava R$ 3 desde janeiro de 2011. Caso fosse aplicado o reajuste da inflação acumulada no período pelo IPC/Fipe, o novo valor seria de R$ 3,40, segundo a Prefeitura.
Vandalismo

Neste ano, o primeiro protesto em São Paulo foi registrado na quinta-feira (6). Ao menos 15 pessoas foram detidas. Na Avenida Paulista, estações de Metrô, bancas de jornais e foram depredados. Ônibus foram pichados.

O MPL afirmou que não é responsável pelos atos de vandalismo e que os protestos do grupo foram reprimidos com truculência pela Polícia Militar. A PM disse que usa a força apenas para liberar o tráfego em vias importantes da cidade bloqueadas pelos manifestantes.

Notícias dão conta que a ordem da repressão partiu do governador Geraldo Alckmin.



Marajó tem combustível mais caro do que Belém

Já nos pronunciamos sobre o preço abusivo do combustível em Portel aqui no blog Educadores de Portel. Desta feita, o jornal Liberal publicou uma pequena nota sobre essa prática. Veja:
Leia a postagem sobre o combustível mais caro do que no Japão:
http://educadoresdeportel.blogspot.com/2012/10/gasolina-em-portel-e-mais-caro-do-que.html

sábado, 15 de junho de 2013

Manhã na praia e cães na areia

Nesta manhã, acordei às seis horas e parti rumo à praia da Vila Velha. O sol não tinha surgido ainda, apenas percebia-se o brilho dele por trás das árvores que apontam na direção do Acutipereira, de  onde vinha minha esposa para passar o fim de semana.
Muito gostoso sentir a brisa no rosto enquanto dirigia a moto. Na beira da praia, então! Uma delícia. Parei perto de um pinheiro que está ameaçado de cair na praia, bem em frente da igreja mais antiga de Portel: Divino Espírito Santo, conhecida como Igreja Velha.

Enquanto apreciava o som das ondas, a areia amarelinha e a brisa gostosa, vi alguns cães a brincar na areia, como se fossem um casal de namorados. Mas a visão da amistosidade entre os animais me fez lembrar o massacre de cães ocorrido no município de Santa Cruz do Arari.

Indagava eu se há um levantamento sobre a população de cães na cidade, pois ao olhar o trecho de minha casa até a praia não vi nenhuma alma viva, exceto os cães (e olha que dizem que eles não têm alma!) que perambulavam em todas as vias. Na travessa Bom Futuro, rua Presidente Geisel (se eu fosse o prefeito trocaria esse nome e daria a uma pessoa ilustre do município, alguém cujos serviços tenham sido relevantes aos munícipes), atravessando as ruas 22 de Setembro e 3 de Março (a rua em que o prefeito Paulo do Posto mora) até a Augusto Montenegro, eram cães que não acabavam mais!

Antes que uma pessoa sem boa leitura de mundo me critique, é necessário explicar que uma cidade que tem pretensão de se tornar um polo turístico necessita de uma conscientização que os animais nas praias podem deixar o ambiente mais poluído. O problema é tão grave que os próprios donos desses animais são os primeiros a dar encaminhamento errado no comportamento dos bichos ao os levarem para banho na deliciosa água da praia. E isso acontece em todas elas: praia da Vila Velha, Arucará, Rádio Cipó, Tucano e a falecida praia do Areião.


Estive na praia do Areião esta manhã também. Ali avistei cães. Não que eu esteja querendo declarar guerra aos animais. Pelo contrário! Creio que a saúde das pessoas (e dos próprios animais) está acima de tudo, especialmente dos que me criticam por alertar dos perigos iminentes. A não ser que queiramos que a população se torne excessiva e tenhamos também que matar os cães afogados. E olha que praia não falta!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Tarde demais para educar um filho?

Nesta tarde, aproveitei para resolver problemas que surgem no meio do caminho para provar a nossa capacidade de seguir em frente.

Numa investigação bem sucedida, parei na oficina do meu amigo Cornélio para dar uma ajeitada na corrente da minha velha e boa moto, pois correr atrás de bandido requer um veículo bem dotado. E o Cornélio é um dos me ilhores mecânicos da cidade, diga-se de passagem.

Tecíamos comentários a respeito das famílias cujos filhos estão desorientados, vivendo numa economia fragilizada, que tornam as crianças desfavorecidas ante uma época de mudanças.

Importante reconhecer que há muita culpa em pais que acoitam o comportamento dos filhos. Um dos participantes de conversa disse que conhece uma mãe que até elogia o filho que chega com uma camisa nova e diz que achou. A mãe diz: “Que linda! Mas está suja. Dou uma lavada que ela fica mais bonita ainda”. Acrescentou que tal mãe já presenciou a chegada de celular, bicicleta, etc. Ele diz que acha tais objetos caídos no meio da rua, não tendo, portanto, dono.

Olhando para a pracinha, vê vários meninos brincando. “Passam o dia todo na rua e a família nem se importa com o que essas crianças estão fazendo”. Outro participante da prosa segue a afirmar que “na rua aprende-se de tudo, especialmente coisas do mal”.

Contei que certa vez um doutor chegou na cidadezinha e uma mãe perguntou-lhe: “Quando começo a educação do meu filho?” Ao que o douto homem perguntou: “Quantos anos ele tem?”  Ela então disse: “dois anos”. “Então, a senhora já perdeu dois anos”, disse o doutor.

É notória a presença de meninos e meninas nas ruas de Portel em altas horas. Passeiam livremente pela noite até depois da meia noite. Não é difícil ver garotas e garotos na madrugada. Creio que seria oportuno baixar um decreto judiciário ou mesmo executivo coibindo o trânsito desses menores nas noites da cidade. O que estariam fazendo nessas horas impróprias? É uma questão a ser considerada. Ou será que essa medida não faz parte da tão sonhada prevenção?



Portel perde construtor naval: O último adeus de Canela

Morreu ontem um dos maiores construtores navais de Portel. Trata-se do senhor Raimundo Azevedo Gonçalves, mais conhecido como Canela. É a segunda perda que temos no ramo da carpintaria naval em Portel, depois do Lucas Costa.

Seu Raimundo ou Canela soube educar os filhos, encaminhando-os bem nos estudos e são todos bem realizados financeira e socialmente na cidade. Amarildo Vieira e Averaldo Vieira são professores conhecidos na cidade.

Seu temperamento era forte, franco e até turrão. Não que eu queira dizer que ele era, no linguajar portelense, ignorante, mas tinha um jeito dos antigos em lidar com a vida e acredito que essa tenha sido uma das vantagens em saber orientar os filhos: a franqueza.


Hoje pela manhã eu conversava sobre essa liberdade que as crianças têm em sair pra onde desejarem e andar com quem quiserem. Dizem que o Canela era severo nesse sentido. Ao meu lado, uma mãe disse: “Eu não mando meu filho fazer as coisas, não ando com ele”. A liberdade não vigiada!

Um escritor que chegou no momento da conversa disse: "conselho tutelar na minha cidade (Santarém) não age como se fosse advogado de porta de cadeia". Acrescentou: "Se o pai dá um corretivo no filho, o consselho manda pra delegacia e isso tira a autoridade dos pais".

Assim, concluo que o Canela, além de ser um grande carpinteiro naval, também foi um grande educador, a seu modo. 

Espero que a família entenda a postagem como uma grande homenagem a um dos homens de caráter ilibado da nossa cidade.

Portel: Uma visita à delegacia e ao quartel

Parece que meus dias são mesmo de aventura. E esta história que vou contar pode servir como um alerta geral para as autoridades, poder público e até como uma forma de ouvir os clamores dos pequenos.
Por volta de uma hora da manhã, dois adolescentes entraram em minha residência. Levaram um butijão e uma televisão e tentaram levar a bomba.

Ao amanhecer, foi verificado o furto. Um dos ladrões deixou cair um boné branco. Este rapaz é aluno da escola Lourdes Brasil. Seu comparsa também. Ambos com antecedentes. Inclusive os dois praticaram furto de bicicleta na escola. Em conversa com o diretor Círio, soube que os mesmos possivelmente não voltarão a estudar, motivados pelo conhecimento da direção sobre os delitos.

No quartel, o comandante me atendeu, mas pediu que eu fizesse uma ocorrência na delegacia de polícia, aconselhando que fosse feito depois das nove horas. Estive lá poucos minutos e já havia várias mulheres no aguardo de atendimento.

Enquanto as horas se passavam, fui até a casa de um dos suspeitos. Ele ficou tão pálido que quase desmaia. Cauteloso, argumentei que estava à procura de um amigo dele. Logicamente que ele negou. Ao ouvir isso, disse que eu tinha tido acesso a uma filmagem em que eles andam juntos. Após isso, lembrou que tinha um amigo com o nome referendado e até falou o apelido. Se mostrou disposto a mostrar a casa do colega.

Ao chegar na frente da casa do seu amigo, anunciou logo que estava retornando pra casa no sentido de resolver um trabalho de escola. Neste ponto identifiquei uma contradição. O diretor disse que ele não apareceu mais na escola há vários dias e este jovem mostrou-se um estudante dedicado.

Na casa de sua mãe, indaguei onde estava seu filho por volta da meia noite. Ela afirmou que o mesmo dormiu cedo. Porém, no meio do caminho da casa de seu amigo, este jovem de dezessete anos, disse que estava na casa de sua namorada.

Quando se aproximava das nove horas, me dirigi á delegacia improvisada no centro da cidade. Lá dentro havia mais mulheres do que anteriormente. Perguntei pelo escrivão e me disseram que ele estava fazendo procedimentos junto a presos. E mais gente chegava. Vi um carcereiro, de bermuda, camiseta e sandálias. Logo em seguida, o oficial que entrega intimações, funcionário bem antigo. Trajava chapéu azul, camiseta salmão, calça jeans e tênis preto, com uma bolsa preta atada no ombro. É sua característica, sempre calado, mas deu bom dia pra todos os presentes.

Enquanto e esperava, junto com as demais pessoas, conversei com diversas pessoas. História de estrupro de crianças, assaltos, invasão de domicílio e outros crimes. 

Um homem branco e magro entrou numa sala onde uma tarjeta dizia “cartório”. As mulheres, muitas quais são mães de rapazes infratores, disseram que era um dos escrivães. O mais conhecido deles, o Alex, apareceu logo que a energia apagou por um instante.

O escrivão Alex trajava bermuda, alpercatas e um boné, sobre o qual jazia um par de óculos de sol. Com voz grave, anunciou que não faria ocorrências, pois, segundo ele, a energia se encontrava instável e já tinha perdido impressora e no break.

Como fiquei sem solução junto à delegacia improvisada, voltei ao quartel. Desta vez o comandante acionou seus homens e fomos até a casa dos suspeitos. E, no meio do caminho, um homem chamou a equipe de três policiais que estavam comigo na viatura. É que tinha sido furtada uma sandália da casa do diretor da escola Rafael Gonzada, por um menor.

Antes de prosseguirmos, o policial que dirigia a viatura viu um acusado de roubo de celular. Ao ser abordado na terceira esquina, não resistiu à prisão e foi algemado, posto na gaiola. Com ele havia farto valor em dinheiro e um celular.

Ao chegar na frente da casa de um dos suspeitos do furto, um garotinho de aproximadamente dez anos disse que o elemento procurado havia assaltado uma mulher na véspera, tomando-lhe o celular, de arma em punho.

Na casa do outro suspeito, a mãe informou aos policiais que o garoto já tinha saído. Com ele tinha levado uma moto que estava no quintal da casa. Segundo a mãe, os dois andavam nessa moto na noite de ontem, mas guardaram ali porque acabou a gasolina. A polícia disse que uma moto semelhante havia sido roubada na noite passada. Talvez fosse a moto procurada.

No quartel, encontrei uma mocinha que eu já havia topado na delegacia. Tinha ido ali fazer queixas sobre uma tentativa de invasão de domicílio no bairro da Portelinha. O mesmo bairro onde aconteceu uma invasão de domicílio por cinco facínoras, que desfecharam um tiro no proprietário.


Essa foi a história de hoje. Os pertences de casa ainda não foram recuperados.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Bolsistas do Pacto continuam sem receber benefício em Portel

Em frente à agência em Portel: dia de pagamento
Atualizado às 11:17h, de 18/02/2015
Ontem finalmente o Sistema Integrado de Gestão Financeira, órgão ligado ao FNDE, informou a disponibilidade do benefício do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa.

Nele (https://www.fnde.gov.br/sigefweb/consultar-beneficios) informava o número do benefício, o número do convênio, assim como orientava sobre a obrigatoriedade de apresentar a carteira de identidade e o CPF ao atendente no caixa do banco, que no meu caso é o Banco do Brasil.

Fui animado, bem cedo, quase madrugando, pois a coisa tá apertada por essas bandas, exceto para políticos e traficantes, estes estão bem na foto. Também alguns madeireiros que não estão na lista do IBAMA.

Antes de abrir a porta giratória, vi três pessoas do setor comercial da cidade entrarem e serem atendidas sem pegar senha. Claro que isso desperta a ira das pessoas que acordam cedo e veem a fila ser furada por essas figuras que têm atendimento especial. O banco abre, oficialmente, às 9 horas, mas estes gostosões entram antes desse horário e ficam na frente de todos, como se fossem especiais.

Quando chegou a minha vez, o atendente desconhecia o programa, o que deve preocupar muito ao senhor Ministro da Educação Mercadante. Tive que me dirigir a sub-gerente bancária, que também desconhecia o pacto firmado entre governo federal e governo municipal.

A euforia foi gerada quando acessei o site simec.mec.gov.br. Eu o acedi através de minha senha, pois é recomendável que a senha original seja trocada no primeiro acesso. Evidentemente que fiz o cadastro na sexta-feira passada, dia 7. Desde lá acesso a página todos os dias. Mas a mensagem dizia sempre que “não existe o beneficiário”.

Ontem, no entanto, a mensagem era mais positiva. Fui logo direto à guia “Acompanhar avaliações e bolsas”. Selecionei o período de referência, no caso o mês de abril. Fui até o fim da página, no título “INFORMAÇÕES SOBRE BOLSA”. Interessa o din-din, evidentemente.



O coordenador local, Nelson da Glória, foi informado de toda essa situação. O mesmo buscou informações junto ao coordenador geral da UFPA, o gerente do Banco do Brasil em Portel, que adiantou que o valor referente a abril e maio deverá estar liberado até a terça, dia 18.

A questão da liberação do dinheiro, apesar das orientações contidas na aba "Acompanhar avaliações e bolsas" nem sempre se concretiza. O fluxo que deveria ser de 9 dias "aguardando pagamento" às vezes se estende por mais de um mês, por exemplo, como aconteceu no mês de referência julho. Ficou no aguardo desde 02/08/2014 07:27 e até o dia 14/08/2014 não havia movimentado para o fluxo seguinte, que é "Enviado ao banco".

Quer saber mais? Leia o post abaixo:

http://educadoresdeportel.blogspot.com.br/2013/06/nao-sabe-fazer-cadastro-para-receber.html

Ou ainda:
http://educadoresdeportel.blogspot.com.br/2013/06/sobre-o-dinheiro-dos-professores-do.html