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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Alunos ficam sem aula por falta de transporte escolar no Pacajá

A escola municipal Elmo Balbinot está sem barqueiro há um bom tempo e, sem mais pra quem apelar, recorre ao blog em busca de ajuda.

De acordo com ribeirinhos, os alunos ribeirinhos estão sem frequentar a escola por falta de barqueiro. Além dessa falta, os próprios barqueiros reclamam acerca da má remuneração dos mesmos, fato que impede de ficar exercendo essa função.

De acordo com profissionais da escola, já há sinais de cansaço e desânimo após reclamações junto a SEMED, que não toma nenhuma providência. Ademais, caso os servidores insistam na reivindicação há manifestação de retaliação. Diante disso, muitos alunos estão fora da escola em decorrência da falta de transporte escolar.

Os pais dos alunos prejudicados dizem que enquanto existem muitos ônibus em Portel pra nem tantos alunos, os ribeirinhos são desprezados nas suas necessidades.

O maior motivo do desinteresse dos proprietários de barcos da região é o triste pagamento do aluguel ofertado aos barqueiros que é de R$ 600,00 (seiscentos reais), que não paga nem o aluguel da embarcação. Ou seja, não existe a remuneração do condutor desses barcos.

Considerando o fator pagamento de aluguel, acreditam os barqueiros que é inviável um barqueiro se deslocar de Portel, deixar família e ir para o campo com um valor desses, sem contar  que o pagamento sempre atrasa.

Acusam também a má vontade do gerente de transportes da SEMED, Cinésio Alencar, o qual faz os pobres coitados ficarem numa fila gigantesca pra receber combustível todos os meses e  no final, quem sofre com isso são os alunos que ficam sem ir pra escola.

Os relatos apontam que ausência de transporte escolar nos últimos dois meses e o paliativo usado foi a cedência de um pouco de gasolina pelos próprios moradores ribeirinhos para trazerem seus filhos de rabeta (canoa equipada com motor de popa). É um tipo de embarcação que não oferece qualquer segurança às crianças no transporte escolar. No entanto, essa gasolina nunca é suficiente e, quando acaba, não há condições dos mesmos continuarem a trazer as crianças que ficam sem estudar. Estima-se que mais de 90 alunos ficam sem ir a escola.

Na verdade não é só na escola Elmo Balbinot que acontece isso. Em muitas outas escolas do campo vivem essa problemática.

Segundo os pais de alunos, há inúmeras reclamações feitas junto aos docentes, os quais recebem as famílias reclamando sobre esse transporte. Tais pais pediram para citar nomes por temer represálias, já que é comum a ação autoritária desses diretores escolares. Ao final da denúncia feita ao blog, foi ratificada a reivindicação feita perante SEMED e nenhuma solução foi tomada. "O semestre está acabando com os alunos fora da escola", disse uma mãe de aluno.

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