Professores que não trabalharam na quinta-feira Santa serão punidos

Em reunião, o povo religioso reprovou a ideia de aula na quinta-feira  santa, como também houve clara manifestação do alunado em não ter aulas aos sábados. Na Câmara Municipal foi lido um decreto do prefeito que antecipava a quinta como ponto facultativo e a sexta como feriado. Antes disso, o blog Educadores de Portel já havia publicado a reunião que reuniu pais e alunos para tratar desse agravo aos costumes e religiosidade do povo ribeirinho

Sobre esse assunto, leia:
http://educadoresdeportel.blogspot.com.br/2013/03/comunidade-mais-organizada-de-portel.html

De acordo com professores da escola Ezídio Maciel, o diretor e o coordenador fizeram denúncias ao RH (Recursos Humanos) de que tais educadores não trabalharam na quinta-feira Santa, no sentido de dar falta, uma vez que era ordem da SEMED ter aulas nessa data.

O procedimento está causando furor na população local, especialmente entre as lideranças do rio, pois é comum as comunidades manterem a tradição em reverenciar a data religiosa. De acordo com os comunitários, o direito à reserva da data é garantido constitucionalmente e até o poder público municipal baixou decreto em respeito à tradição do povo católico e evangélico.

Reação ao procedimento desrepeitoso

Já está assegurada essa questão na pauta da reunião do dia 13, quando estarão reunidos o prefeito, secretariado, representante do Poder Judiciário, entre outras autoridades para debaterem achatamento aos direitos dos povos ribeirinhos. A penalização cabe apenas aos professores, no entanto, o diretor e coordenador apontaram aos que não desafiaram a comunidades, mas deixaram o local de trabalho mesmo sabendo que o turno noturno é reservado ao EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Coordenadora desobedece ao prefeito e persegue professores

Na cidade, diretores das escolas comunicaram aos professores e demais funcionários que não haveria aula na quinta e também na sexta-feira, ponto facultativo e feriado, respectivamente. No sentido de manter o respeito para com a comunidade, o prefeito Paulo Ferreira editou o decreto nº 169, que a secretária de educação Valéria Ferreira encaminhou às escolas através de ofício, no qual reiterava o ponto facultativo na quinta e o feriado na sexta-feira. Mas, no sentido contrário, a coordenadora das escolas da zona rural, Janice Moura, mandou que o diretor agisse com mão de ferro. De acordo com informações dos professores, a ação seria "para os professores respeitarem a direção da escola".

COMENTÁRIO DO BLOG

É de longa data a forma acintosa e desrespeitosa quanto ao povo ribeirinho. Lembro-me que uma diretora quase foi atirada na água por forçar situações parecidas. Embora não seja aprovado tal comportamento, é visível a zomberia quanto às tradições mantidas por esses povos. Na semana passada, em conversa com um dos mais antigos membros da comunidade Boa Vista, fui lembrado por J. M., que o início do ano letivo é tardio com nenhuma explicação plausível sobre a causa do atraso, que tem como consequência a retirada de costumes dos povos tradicionais. É hora, senhor prefeito, de rever o comportamento de pessoas que estão dentro da SEMED agindo com mão de ferro como nos tempos idos, cuja maldição vossa excelência amarga calado em um poço de dívidas.

Bom que fique claro que não é com imposição que se ganha o respeito e não é se desrespeitando a tradição dos povos que se vai conseguir respeito.

 REUNIÃO MARCADA SERÁ EM BOATE DE STREAP-TEASE

Os professores deverão pegar um puxão de orelha amanhã em um lugar muito inusitado para a educação: a boate Golfinho, palco de encenação sexual de um vídeo que circulou pela internet, onde uma viúva faz clarinete do instrumento de um homem não identificado. A boate tem como uma de suas características apresentar garotas para fazer streap-tease. Inclusive já foi fechada uma vez por exibir uma garota menor. Isto é, como dizia Boris Casoy, uma vergonha.