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domingo, 28 de abril de 2013

Na fronteira da opressão, da incompetência e da recessão!



(A maldição de Justo Veríssimo)
Por Samuel Lima (*)
“O ponto de partida de qualquer novo projeto político de uma municipalidade, terá de ter, inevitavelmente, o aumento do poder e da participação do povo, no centro de decisão do processo.”
Poderes em Portel: o fantasma de Justo Veríssimo
Em primeiro lugar inicio esse texto parafraseando Celso Furtado, economista, advogado e membro da Academia Brasileira de Letras. Autor do clássico “Formação Econômica do Brasil”, idealizador do Plano de Metas dos Governos dos presidentes Juscelino Kubistchek e João Goulart.  Criador da SUDENE, o primeiro e o único brasileiro a disputar um premio Nobel.   Considerado pela imprensa brasileira de todos os tempos, um dos cinco “Grandes” desse país, junto de Raymundo Faoro, Florestan Fernades, Gilberto Freire e Aurélio Buarque de Holanda. Maior economista do Terceiro Mundo na área de planejamento - título concedido pelos organismos das Organizações das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Em segundo lugar peço desculpas aos leitores pela linguagem técnica, porém temas complexos não podem ser tratados com clichês políticos. Dessa maneira, minha intenção é apenas contribuir no sentido de remediar de forma lúcida a nefasta política econômica da atual gestão imposta aos cidadãos portelenses, principalmente àqueles que sobrevivem da venda de pequenos produtos.

É cômico e cruel, pois é dessa forma que o assunto está representado em nosso município, numa espécie de teatro infantil dos tempos medievais, cuja tira do cartaz é a seguinte: “brincando de cobrar imposto.” Contudo em certa epopéia ficcionista, para a sorte dos oprimidos existe um tal Robin Hood - que agia por conta própria em defesa oprimidos, diante da gula insaciável do Estado, cujo representante não era escolhido pelo voto. Já na vida real, em Portel, no século XXI, em plena democracia, o cenário é outro, é caótico e não existe os Robin Hoods da vida.    

Reflitam comigo cidadãos da minha cidade! Façamos um retrospecto ao longo da trajetória desse vilipendiado. Senão, contextualizemos a partir da história de nossa pátria-mãe: Por trezentos anos o Brasil foi colônia da coroa portuguesa. Por cem anos foi dependente do império britânico. Por quase cem anos foi tutelado pelos Estados Unidos da América. Portel estava no pacote e sobreviveu dignamente!

Agora no Século XXI, oh! povo das terras Arucarás, como aceitas ser explorado por  um governo de continuísmo, populista, sedento de poder e destituído de competência? Se em tempos passados houve sobrevivência aos três períodos iniciais, foi graças à brasilidade então já em vós reinante.

Já agora, por que aceitas ser massacrado por esse governo por vós escolhido? Que lhe impõe  iníqua tributação de absurdas leis fiscais; de uma educação sem qualidade; de uma saúde pública falida e de outros atos repugnantes? E, o pior, que mente para vós na ilusão de ressaltar conceitos que nunca teve, porque o objetivo é manter-se no poder a qualquer custo, quando a burocracia oficial abate no nascedouro o vosso empreendimento? Por não permitir que os produtos de vossa terra não sejam vendidos e incluídos no cardápio da merenda escolar?

Por que pagas impostos que não têm o retorno correspondente? E nesse meio que estás grassa a extorsão sobre a iniciativa privada como no citado caso das empresas que não foram habilitadas, no certame de licitação para o fornecimento da merenda escolar, mencionada por este Blog?

Quaisquer fiscalizações nesse governo continuista, estão impregnadas de extorsões. As obras públicas sofrem superfaturamento. Por isso vossos portos, aeroportos (se é que existe e se este é o nome), estradas e mesmo os hospitais estão afundando sob a incompetência administrativa. E assim não poderia ser se houvesse menos orgia administrativa e, ao contrário, mais competência.

Por sua vez, se faz necessário eleger um governo sério, mas não basta somente possuir esse predicado, pois, em tempos de globalização, competência é a palavra de ordem, e justiça social, acompanhada de transparência – são as cláusulas pétreas para, quem quer governar, com o apreço da população, para ter um governo sólido e duradouro. Para que isso ocorra, é vital que no ato da elaboração de seu plano de governo, seja feito um planejamento eficaz, de sorte que, a maioria da população seja o principal objeto do bolo orçamentário, e não oprimida e invisível aos olhos do governante.

Não quero ser leviano. Criticar por criticar não é minha intenção. Mas prometer algo à população que é inconcebível é balela e pirotecnia que, nos faz lembrar que nem o presidente Lula materializou as promessas contidas em seu Plano Territorial para o Arquipélago do Marajó, alardeado em Breves, no ano de 2007.

Espero que, em um futuro próximo, conviver com homens públicos que amem o povo de Portel. Pois, da forma que está ocorrendo - me dá a impressão que a maldição do Justo Veríssimo (personagem de Chico Anísio), reina na mente dos mandatários do poder das Terras Arucarás. Ainda bem que não são eternos! No ano que vem teremos eleições!

Sonhar não custa nada, enquanto isso, vale aqui renovar a esperança naqueles que ainda buscam uma oportunidade, pois, a democracia, apesar de combalida, é ainda o melhor meio para que os indivíduos escolham seus representantes.

Entre esses que estão na fila, faço aqui à menção de um filho dessa terra, um profissional do ramo do direito que achou por bem fazer da silhueta de seu diafragma, a forma da terceira figura geométrica do pavilhão nacional. Felizmente, essa figura por sua vez, tem uma folha enorme de bons serviços prestados a essa comunidade e que nunca a abandonou – Apesar de não ter mandato eletivo.  Nos últimos tempos, tive o prazer de tê-lo como amigo, o qual nos muitos momentos que estive em sua companhia, nunca externou gestos de jactância e de hipocrisia - apesar de tudo que é e possui, chama a todos de mano! Miro Pereira é seu nome.

Por último, faço votos que os filhos dessa querida terra, tenham no ano vindouro a feliz idéia de eleger um de seus irmãos - para que este aponte caminhos, encontre saídas, mostre alternativas, para minimizar os graves problemas sociais e econômicos que afetam a terra na qual nasci.

(*) portelense, economista, pesquisador, secretário municipal de planejamento em Mazagão-AP – samlima17@yahoo.com.br    

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