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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Início de ano novo: reflexões


Nesses dias, como é feriado de fim de ano, em vez de me acabar no álcool ou participar de todo tempo de festanças que só consomem o dinheiro, o sono e a beleza da gente, fiquei a refletir sobre algumas coisas da vida.

Entre tais reflexões me veio aquela afronta cometida por um vereador contra a vida de um blogueiro de renome que sou e muito lido em toda parte do mundo, inclusive na minha própria cidade onde tenho leitores assíduos e ávidos em saber o que eu sei. Pois bem, em muitas discussões, o assunto da agressão foi comentado e, por acaso, li um livro sobre o capitalismo no mundo e sobre os indícios de fatores sombrios por trás de um simples gesto ocasionado pela baixa massa cinzenta no cérebro. Coincidência ou não, levantou uma série de questões a ponto de lembrar de meu querido amigo e já falecido Ronaldo Wakimoto, um homem que sempre pensou grande em termos de desenvolvimento para nossa cidade, justamente no âmbito da produção de alimentos. O homem era digno, mas uma leva de interesses mesquinhos patrocinou uma campanha degenerativa ao pudor e honra daquele jovem que sonhos com melhores dias para a nossa juventude, apesar de ter cometido besteira no passado, passou seus restos de dias na terra como um homem que tinha uma força de vontade em ajudar os outros.

No livro que li, contava, em certo trecho, que existem pessoas que não comem. E, por outro lado, pessoas que não dormem. Os que comem vivem na dependência dos que dormem e os que não dormem vivem assim com medo da revolta dos que não comem. Eu quero estar ao lado e, talvez, na liderança desses que não comem.

Essa questão acima – dos que dormem e não comem – é um bom exemplo da dependência por razões culturais, já que uma pessoa que não compreende o mundo em que vive jamais poderá fazer as mudanças que precisam ser feitas. Só para citar, Ronaldo Wakimoto entendia bem de política rural (filho de um grande agricultor japonês, muito amigo meu, por sinal), mas não constituía um grupo politicamente ativo e sem esse grupo organizado é um alvo fácil de ser atacado (entremeio a isso, faço lembrar que recentemente foram eleitas pessoas nesse município porque os inimigos da sociedade não sabiam quem atacar, já que eram muitos candidatos). E Wakimoto era um só, atacado facilmente pela covardia dos que afundaram Portel. Em minhas viagens, percebi que eu, como Ronaldo Wakimoto, já estou sendo triturado pelas forças aliadas corruptas no sentido de me desmerecer como um ativo membro de minha sociedade. Mas diferentemente dos outros que não constituíram forças, hoje somo como outras pessoas que me admiram e já me veem como um líder. Já soube identificar de onde procedem os ataques e como estão organizados os meus novos inimigos e antigos inimigos do desenvolvimento desta cidade e de seu povo, muitos inclusive que vieram de lugares distantes para tentar humilhar nossa gente humilde. Mas o buraco, pelos aqui, é mais embaixo. Faço parte de vários organismos e estou em processo de agremiação de mais setores que clamam por justiça e dias melhores. Conhecer a estrutura reinante e as estruturas que precisam ser solidificadas são premissas importantes para quem quer fazer a arte da guerra contra as sombras do atraso e da ignorância.

Nós somos um povo sem qualquer norte, pois o próprio sistema de formação educacional insiste radicalmente em formar só professores, enquanto temos mais necessidade de médicos, advogados, pesquisadores (esses poderiam alavancar profundamente a produção de produtos não explorados – uma riqueza debaixo dos olhos e que a ignorância não deixa perceber). Ora, devemos pensar grande e pensar grande não significa ter o rei na barriga, mas entender que a organização de nossa terrinha merece a grandeza de um país. Só para se ter uma noção, o povo não produz mais nem sequer os alimentos que servem de base ao café da manhã. Falta uma macaxeira (que é uma delícia que nem se compara com pão da cidade, cheio de fermento), tapioca em rama para fazer um beiju ou mesmo a farinha de tapioca (aquela branquinha de cor de neve que a gente põe dentro do café ou mesmo no açaí). Sem falar nos produtos sazonais que deveriam estar, em primeiro lugar, na merenda escolar, mas sem uma tecnologia, no mínimo, não teremos como avançar o acondicionamento desses alimentos para que, industrializados, cheguem até as crianças com a qualidade e riqueza alimentar devida.

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