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domingo, 4 de março de 2012

Outro sonho antigo nunca realizado: quem teria coragem de apoiar os estudantes de Portel?


No início dos anos 80 havia um grupo de estudantes que projetava seu  futuro através dos estudos. Algo louvável, num momento em que o Estado não provinha as formações necessárias ao prosseguimento dos estudos dos que completavam o ensino fundamental. Nesse momento não havia o prosseguimento dos estudos no município, e nesse ponto alguém pode discordar da minha afirmação. Existia, porém, para as classes mais endinheiradas. Os governantes, pressionados pelos pais e alunos de baixa renda, iniciaram a proposta de criação dessas casas de estudantes. Proliferou-se, então, as repúblicas de estudantes, geralmente pobres que não dispunham de uma residência na capital do estado do Pará. Muitos desses estudantes são professores na atualidade. Era a AEP (Associação dos Estudantes de Portel).
Desde os tempos de Felizardo Diniz, atravessando o governo de Renato Queiroz, Nancy Guedes, Elquias monteiro e finalmente Pedro Barbosa, nunca foi concretizado o sonho de existir uma casa de apoio ao estudante. Creio oportuno dizer que nos tempos idos, antes de 96, não se dispunha de tanta verba que foi auferida após a conquista do FUNDEB.
Sabemos que o setor da educação ainda é carente nessas circunstâncias, onde existe uma crescente necessidade de aprimoramento, assim como  investimento cada vez maior, em sua maioria oriundos da esfera federal. E onde estaria o comprometimento municipal em proporcionar condições aos estudantes assim como ao setor da saúde, qualificado como um dos piores do Brasil?
Fiquei sabendo da avaliação feita sobre o setor de educação do município de Portel pelo governo estadual do PMDB, o que pode ser visivelmente verdadeiro, uma vez que houve investimento na estrutura de transporte de estudantes, porém houve um achatamento na oferta de qualidade de ensino através da contratação de professores sem habilitação estabelecimento de vagas a profissionalização precoce de quem acabou de entrar numa faculdade. Teria sido levado em consideração essas questões que possibilitem formações diversas, outra que não seja pedagogia, geografia e matemática? Nossos munícipes não teriam outra vocação como médico, advogado, engenharia, que só é possível na capital do estado? Está na hora dessa verba milionária adquirir um patrimônio, o sonho de muitas décadas, para hospedar os estudantes em busca da tão sonhada qualidade de educação e, acima de tudo, de vida.

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