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domingo, 18 de setembro de 2011

FAZER MUDANÇAS OU PERMANECER COMO ESTÁ, EIS A QUESTÃO


Estive ontem, 17, no Fórum sobre ao Projeto Político Pedagógico da escola Lourdes Brasil e tirei minhas conclusões, que passo agora a relatar ao público em geral, especialmente aos nossos colegas do SINTEPP, que logo abaixo vão entender porque.
Creio que o ponto principal a ser debatido seria a linha teórica de educação a ser seguida pela escola, mas mesmo que a reunião que tivesse caráter introdutório ao processo de elaboração, esta deveria, por isso mesmo, começar a abordar esse assunto, que, a meu ver, constitui o âmago do projeto. Linha essa que, pelas inúmeras falas, poderia muito bem seguir a de Paulo Freire. No entanto, há um problema a ser superado. E dos graves.
Refiro-me a questão libertadora, pois Paulo Freire era um professor potencialmente politizado. Não era um cara de discursos a defender uma estrutura política. Aqui cabe ressaltar um ponto que contraria qualquer processo de discussão, caso queiram adotar Paulo Freire na prática, já que vejo as teorias de Paulo Freire ficarem como teoria apenas. Refiro-me ao momento em que os professores mais experientes destacaram assuntos como o processo de construção do Conselho de Educação e houve, nos bastidores, uma intensa movimentação para impedir esse tipo de debate. A pobreza do debate só foi diminuída com a participação madura de uns poucos, como um jovem, conhecido como Cihan, o qual levou ao julgamento da plenária seu posicionamento de que um PPP não existe sem abordar questões sob uma ótica global. Nesse ponto reforço minha  tese de que há um discurso apenas, pois os governistas, conhecidos como tarefeiros, ao serem consultados, ficaram com seus crachás inertes, nas coxas, num claro sinal de que não podem concordar com indicadores de democratização. O jovem Cihan, então, apontou um dos empecilhos ao processo de discussão com bases maduras, já que o projeto político pedagógico envolve questões sociais tão tão amplas, como próprio desemprego (na casa nos 80%) repercute na vida dos estudantes, a violência gritante, o desinteresse dos alunos pelas metodologias positivistas, o desvio de verbas públicas (educação não vive apenas de teoria, mas sobretudo de recursos para amparar qualquer projeto), inclusive falar do comportamento pífio dos vereadores que não participam de questões como estas, e uma secretária de educação que vai ao início discursar como um político e depois se evade como se o processo todo não fosse de sua alçada, mas um problema da docência e das ausentes famílias.
Esse comportamento leva ao entendimento de que talvez possamos resolver problemas dos resquícios da ditadura que ainda reinam nas cabeças das pessoas. Há que se manter um direcionamento a uma conduta nos próximos anos. Vemos que hoje a administração de uma cidade, de um estado ou de um país não é entregar os destinos de um povo aquele que conseguiu um nível de educação de mestre, de doutor, ou seja lá o que for. Advirto que seria mais sólido pensar em termos morais. Quero ilustrar esse meu pensamento com a idéia que tive, quando criança dos dez anos de idade, sobre dirigir um estado. Certo dia ouvi um locutor da Rádio Clube falar acerca da péssima administração que tomava conta do estado do Pará e do Brasil. O locutor fazia então uma comparação com os administradores dos Estados Unidos. Nesse mesmo período o Payssandu, meu time favorito, que havia perdido para um time, salvo engano esta equipe seria o Peñarol. Veio-em, em seguida, um pensamento de garoto, concluindo, que se um time vai mal, melhor trocar o técnico. E que tal se um governante pudesse ser importado de outro país, já que, aparentemente, lá dão tão certo? Mais tarde, com uma visão mais apurada, descobri que não é bem assim. A sociedade vive de duas caras. Há aquele posicionamento público e o outro de fachada. As pessoas que apóiam determinada idéia se baseiam em princípios corruptos, daí decidem apoiar aquele que mais se aproxima de sua corruptibilidade, se é que essa palavra existe.
Rosângela: apoio total
Há que convir que o diretor é candidato a vereador e que isso pesa em outros pontos merecedores de destaque em um debate sobre a questão de gerenciamento dos recursos da educação, sobretudo no que tange ao gasto implicado no evento. Nisso adentra a imagem da secretária de educação dando apoio ao forum e ao estabelecimento do PPP, privilegiando um diretor, o que torna evidente existir um panelinha e não um comprometimento com as escolas em geral, pois outros estabelecimentos estão em processo de criação e não se vê tanta pompa, tanto gasto e atenção dispensada.
Ao sair de um evento como o Fórum da escola Lourdes Brasil, encontrei um cidadão que combate ferozmente o governo de PEDRO BARBOSA, este me perguntava sobre as denúncias sobre desvios de verba no SBT, programa do Nyelsen, e afirmei que já sabia, como o resto da população. Aproveitei para dizer que não se  trata de combater um PEDRO BARBOSA; compete a nós combatermos a corrupção, não um homem corrompido, informando ao colega que há uma campanha nacional contra a corrupção, que deve ser seguida por todos nós, pois a questão é a moralização da política. Este ficou pensativo. Penso que esse tipo de combatente não combate a corrupção, principalmente porque não se quer mudar o comportamento, apenas a pessoa que promove a corrupção por outra que corrompa em favor de outro que não está na panelinha, mas almeja ardentemente estar no poder para se beneficiar a qualquer custo.
Aliás, debater assuntos levando em consideração um homem como Paulo Freire, o sujeito que assim proceder deve lembrar que incomodou o poder constituído com suas idéias de promoção do ser humano. Não se tratava de um tarefeiro imbuído no propósito de se dar bem na vida e apoiar ideologias que causam o retrocesso na sociedade.


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