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sábado, 11 de junho de 2011

Um congresso e um exercício de expressão verbal: saúde em risco em Portel



Fui convidado a representar o sindicato dos trabalhadores em educação – SINTEPP – na 14º conferencia nacional de saúde etapa municipal e, quero agradecer ao Paulo Junho, que propôs a idéia de um professor que não faz parte da diretoria  estar representando o sindicato mais forte da cidade de Portel. Claro que, ao chegar ao Auditório Manarijó, me dirigi a mesa de recepção e cadastramento e fui informado de que não havia regimento do congresso impresso por falta de recurso. Claro que vi cheques sendo assinados pela secretária de saúde durante o expediente, inclusive levados pelas mãos do Aleluia. Recursos há, portanto. Seria de suma importância um regimento de condução de um congresso com uma elaboração impecável para não comprometer os debates em termo de aproveitamento de tempo, geralmente escasso.
Uma reunião de caráter decisivo como a que se refere à saúde requeria não só o aparato governamental, pois a presença de autoridades como a secretária de saúde e o vice-prefeito municipal é um determinante imprescindível numa sociedade que convive com o fantasma da perseguição política. Digo isso amparado nos mesmos pressupostos que geraram minha opinião sobre a ausência da secretária de educação de Portel, prefeito e vice-prefeito e o ausente presidente da câmara em discussões públicas sobre assuntos correlatos no congresso da educação, opinião essa de que se o chefe está presente há uma indicação de que é pra todos estarem participando da reunião. Evidentemente que as caras dos contratados foi de total abstenção no evento da educação. Essa é uma norma dos tempos ditatoriais, que, por alguma razão lógica, persiste até os nossos dias.
Durante aos debates, a experiente Antônia Trindade Valente levantou uma questão que merece algumas considerações. Reconheço que o salário dos profissionais da saúde é um dos melhores do estado, pois sou um concurseiro de carteirinha e posso provar que, através dos muitos editais que leio, vem em destaque o publicado nos editais de concurso para a prefeitura municipal de Portel. No entanto, a falta de debates no setor da saúde está deixando um grande aleijão quanto ao aspecto da participação em eventos de discussão sobre as problemáticas da saúde. Vi que apenas os professores é que participaram da discussão, ora levantando questão, ora propondo, ora criticando. Tudo é uma questão de exercício. Se ninguém abre espaço no setor para amplos debates não haverá pessoas preparadas para discussões de percepção de problemas e suas soluções.
Sinto-me na obrigação de dizer que fui achincalhado pela própria diretora do hospital, que cobrou a chegada tardia ao evento dos professores. Não fosse por eles (ou nós), creio que o debate estaria minguado. E nesse quesito gostaria de falar, no sentido de ilustrar meu ponto de vista sobre a participação das pessoas do setor da saúde, ao fato do último congresso ter exercitado os profissionais da saúde para participação no congresso regional que aconteceu em São Sebastião. Os professores portelenses foram destaques em todos os setores, tanto nas mesas de debates quanto nos grupos de trabalho e participação em relação a questionamentos.
No momento de minha fala falei sobre a questão da degladiação inútil entre portelenses, onde, entre mortos e feridos, sai perdendo mesmo é a sociedade, pois, vejo, sobremaneira, que, com licença da palavra, o buraco é mais embaixo. Quando me refiro a degladiação é quanto as discussões estéreis, onde todos se machucam e não traz nenhuma solução para os problemas. É certo que o setor da saúde não está devidamente regulamentado como o setor da educação, onde há previsões de arrecadação de impostos que garantem os custos. Aí a cobrança seria destinada á bancada de deputados, os quais nem sequer se dão ao luxo de mandar um representante para organizar melhor a luta pelos direitos de uma saúde capenga como a do estado do Pará.


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