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sábado, 11 de setembro de 2010

PRAINHA INAUGURA CASA DE FARINHA DE QUALIDADE

Autoridades de PORTEL prestigiaram 
Dias 14 e 15 de agosto foram dias festivos para a comunidade Santa Ana, na localidade da Prainha, distante aproximadamente um quilômetro da sede do município de Portel. Ali estava sendo inaugurada uma casa de farinha, contando inclusive com um culto celebrado por Carlos Souza, Pastor da Igreja da Promessa. É necessário mesmo a presença de um pastor abençoando aquele povo porque Portel passa por momentos negros.
A festança contou com a presença de políticos como o vereador Preto da Marina, Manoel Maranhense, secretária municipal de pesca Semone Moura, empresário Gilberto Denadal, gerente do posto Progresso Paulo Oliveira, Osvânia (Vanica) Ferreira Corrêa, , profª Odinéia Corrêa (APERAP e), Jennifer Spence, a qual faz doutorado em Antropologia.
Júlia presta serviço voluntário com a ajuda da comunidade, mas conta também com apoio particular. Fez PRONAF e, com o empréstimo no valor de R$ 3148,00, conseguiu montar a casa de farinha, ela compra o fardo a 40 reais. Mas os trabalhos não estão restritos apenas à construção da casa. Dona Júlia promoveu uma capacitação prévia aos moradores da Prainha e já conseguiu importante vitória com seu esforço, pois a farinha produzida ali ganhou o selo de qualidade.
Júlia (Julinha) Pinto
Segundo dona Júlia, a PMP poderia gastar menos de 10 mil para ter uma casa de qualidade. Até o momento a colaboração dos políticos é feita através do alimento servido durante a inauguração, tais como refrigerante, pipoca. A única ajuda vem do vereador Manoel Maranhense, que contribuiu com telhas para a finalização da cobertura da casa, assim como também adquiriu de seu próprio bolso o revestimento de alumínio que cobre a máquina de triturar. Fora isso, a despesa contou mesmo foi com o dinheiro proveniente do empréstimo bancário, tendo inclusive pago o carpinteiro e o pedreiro, cujas diárias totalizou R$ 425,00, tendo aumento na despesa porque nenhum comerciante ousou entregar o cimento que era transportado em uma moto e cada viagem consumia 5 reais em gasolina.
Raimundo Ferreira, de branco
Raimundo Ferreira da Cruz, chegou à localidade hoje conhecida como Prainha aos 10 anos de idade e hoje está com 72 anos, possuindo uma excelente memória capaz de relatar como a historia do lugar. Filho da sra. Maria Pinto, também tio da Vanica, agora reside em Icoaraci. Mudou-se para essa cidade após a morte da esposa, estando em visita às suas origens por ocasião do Círio. Com idade avançada e aposentado, seu Raimundo considera como responsável pela organização da comunidade o filho Osvaldo Pinto da Silva. Disse que a comunidade sempre foi desprezada pelos políticos, afirmando que as marcas são tênues: o prédio da escola foi construído no mandato do prefeito da época Elquias Monteiro, a qual é muito apertada e sem estrutura. “Só vem aqui garantir o céu e as estrelas”, desabafou o ancião. A bomba e o poço artesiano que hoje abastece o preparo da farinha e também a escola foi feito pela SEMED para atender aos serviços educacionais da escola situada na comunidade.
Manoel Maranhense e Miguel Arcanjo
Miguel Arcanjo, dirigente da comunidade católica Santana diz que existem muitas pastorais dentro da organização social da instituição, tais como Pastoral de Jovens, da Família, mas não tem associação, o que deixa a vila mais fragilizada, à mercê dos políticos mal intencionados. Para isso, e conversa com o professor Ronaldo de Deus, surgiu a idéia de implantar uma associação, ficando Arcanjo responsável pela mobilização com este fim. De acordo com os jovens presentes, eles não possuem um grupo formado, portanto, também estão desorganizados.
Durante espaço para as manifestações das autoridades, o professor Ronaldo de Deus disse que vê nos políticos uma falta de vocação para o setor da agricultura e que os candidatos a deputado não possuem esse perfil e, após o fechamento do setor madeireiro, Portel, mais do que nunca, deve voltar sua atenção `a produção de alimentos. Também disse que a pesca é uma das saídas para a fome que assola o município e pediu à secretaria de pesca que o Acutipereira fosse contemplado com os alevinos, uma vez que a região é rica em áreas propícias à criação de peixe.  O professor fez comentários para a situação de abandono aos rios que ele tachou de órfãos de pai e mãe que são os rios Anapú, assistido pelo município de Senador José Porfírio e o rio Campinas, que é socorrido pelas autoridades de Melgaço, Breves e Bagre.

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