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DO JUIZ AO RÉU, TODO MUNDO LÊ O BLOG EDUCADORES DE PORTEL

sábado, 15 de maio de 2010

A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA


                                                                                                                                      by Ronaldo de Deus

                                                     " Algumas pessoas demonstram tanto respeito por seus superiores   que não      sobra nenhum para elas mesmas "   


Antes que alguém venha dizer que perseguição política é coisa da minha cabeça, algo de se fazer de vítima, quero dizer que uma das provas de que fui perseguido politicamente nos anos  90 é a minha indenização que recebo juntamente com mais 18 colegas. Eu e esses nobres servidores públicos fomos injustamente exonerados de nossos cargos simplesmente por não compactuarmos com os desmandos cometidos naquele triste e enfadonho governo. Diante daquilo que chamo de humilhação pública, adentramos, eu, Severino Sena, Edna Maués, Socorro Lobato, entre outros, com ação contra a prefeitura de Portel, reivindicando o cargo, valores devidos e mais danos morais, como manda a Constituição desta Nação, em caso de exoneração ilegal. Lógico que o juiz que atuou no caso foi imparcial e fez valer os direitos dos humildes servidores públicos e foram reintegrados aos seus devidos postos de trabalho, merecendo uma indenização à altura.

    Mas um gestor não atua, nem sai por aí apregoando que eu ou qualquer outra pessoa deverá ser perseguido. Quando o faz, denota através de gestos, como não receber alguém que vai até as dependências da prefeitura e lá dentro ele está reunido com seus apanhiguados (popularmente conhecidos como puxa-sacos) contando piadas ou outra atividade trivial.

No meu entender, os interesses vinculados direta ou indiretamente ao poder público são: tráfico de drogas, licitação fraudulenta, desvio de arrecadação, empreguismo, venda de produtos superfaturados, associado ilegal na Colônia Z-47 (tem muitos empresários como sócio!) – nunca foi pescador na vida! -, entre outros, que no vai e vem da vida eu critiquei e fui penalizado, como se a vida num município estivesse revivendo a Idade Média e queimar vivas bruxas estivesse na moda novamente.

    Inegavelmente o setor do tráfico de drogas rendeu muito dinheiro no passado e continua rendendo mais ainda hoje; licitação é algo de milionário, pois enriquece qualquer pessoa que entre no ramo para pegar milhões por obras mal feitas como a da Ilha Grande do Pacajaí ou a obra do Conjunto da Cidade Nova; quanto ao desvio de arrecadação, somente no início de uma dada gestão, no início do ano a arrecadação proveniente da madeira girava em torno de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) e dois meses depois já caíra para R$ 3.000,00 (três mil reais)!; em relação aos produtos superfaturados, verificou-se, só para se ter uma idéia, que o preço de uma vassoura cujo preço praticado era R$ 2,00 (dois reais), na nota aparecia com o valor de R$ 7,00 (sete reais); o emprego sempre foi usado como meio de troca com os votos recebidos, por isso a maioria dos prefeitos truculentos não ousava fazer concursos públicos, e, quando fazia, era por força da lei, geralmente pressionada pelo Ministério Público; e essa de ser sócio da colônia de pescadores e possuir um capital avantajado não é mera coincidência de existir em outros lugares do Brasil, pois muita gente acha o setor bom para receber uma bela indenização e assim poder pagar uma moto ou a prestação de um carro, quando não paga a faculdade de um filho. Claro que também está enliado à barganha de votos, por isso que muitos políticos controlam a vida dos pobres pescadores; enfim, se esqueci de citar mais uma fonte, por favor, entre no espaço de comentários e enriqueça mais esse texto, que poderá redundar em pesquisas e até TCC’s dos cursos a nível superior levado a sério.
Pedro Barbosa, decreto contra professor doente, Rosangela Fialho, perseguição política
Prefeito Pedro Barbosa atende pedido de Rosângela Fialho: redução de carga horária de concursados
Pedro Barbosa
    E por falar em nível superior, mesmo sabendo disso, os mandantes e imortais da SEMED, quase seres intocáveis, tiram a carga horária de servidores matriculados em faculdades particulares, apesar de o prefeito intervir, há vereador com poder de impedir a proeza de perseguir um pobre professor em busca de conhecimentos, amparados, em sua maioria de vezes, em argumentos bem feitos e/ou ouvidos menos aguçados. Fiz bem em sugerir que a carga horária fosse atribuída de acordo com o tempo de serviço e idade, isso como proposta ao novo PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração). Enquanto isso, a distribuição de carga horária fica dependente dos critérios flutuantes dos diretores e de quem os indicou (políticos). Além dessa prática, vinha-se usando o desconto desde que o Paulo Oliveira, chefe de gabinete do então secretário de educação Orziro Santana, estabeleceu o desconto em folha de quem faltasse, apesar da possibilidade de reposição de aulas. No entanto, Pedro Barbosa foi explícito ao assinar um ofício, em 8 de janeiro de 2010, encaminhado à secretária de educação Rosângela Fialho, onde ordena a redução de carga horária pelo fato do professor estar doente ou ter faltado por motivo de força maior (veja cópia do documento acima).
    Quando conversei outro dia com uma sindicalista, este disse que sua carga horária permanecia em 100 horas (o mínimo que a prefeitura paga), os imorríveis disseram que não podiam ser acrescidas mais horas aos membros do SINTEPP para que estes pudessem desempenhar melhor as suas funções! Outro absurdo: se uma pessoa adoecer e faltar, mesmo com sérias comprovações de exames médicos, como foi o meu caso, um diretor PODE fazer um relatório dizendo que este servidor falta muito e que está à disposição da secretaria de educação. Mas asseguro que este não foi o caso, pois, diante da situação, apresentei uma proposta através de projeto, onde propunha dar aula de inglês aos muitos professores da zona rural que pegam carga horária sem saber falar o idioma estrangeiro para ter a carga horária aumentada. Levei a proposta ao diretor de ensino, ao vice-prefeito Carlos Moura e não resultou em nada. Resumo, a questão era política: passei a ser perseguido após ajudar na eleição da atual presidente do STTR (sindicato rural) e contrariar os interesses vinculados aos repasses feitos do governo federal e estadual a obras às quais as entidades sindicais intermediam. Claro, a soma destes projetos é enorme, atraindo a gatunagem.

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